Americano que sumiu com o filho em SC queria reproduzir reality show e ensinar menino ‘a viver na mata’, diz polícia

A Polícia de Santa Catarina acusa o americano de 48 anos que desapareceu com o filho de 13 em Balneário Camboriú, Santa Catarina, de expor a perigo a vida ou a saúde do menino. O crime tem pena de até


A Polícia de Santa Catarina acusa o americano de 48 anos que desapareceu com o filho de 13 em Balneário Camboriú, Santa Catarina, de expor a perigo a vida ou a saúde do menino. O crime tem pena de até um ano de detenção. Mark Alexander e Duncan Edward eram dados como desaparecidos desde a última quinta-feira e foram localizados nesta terça perto da Praia das Conchas, na região do Morro do Careca. O homem contou aos investigadores que levou o adolescente para uma experiência de “desconexão digital”. A delegada Luana Backes disse a jornalistas que, segundo ele, a ideia era reproduzir um reality show e ensinar o filho “a viver na mata”.

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— A ideia dele, segundo ele relatou, era reproduzir o ‘Largados e Pelados’ com o filho. Ele queria ensinar o filho a sobreviver na mata sem condições, sem equipamento nem nada. Eles ficaram desde quinta-feira, e choveu direto, até hoje, só com a roupa do corpo. Ele não levou alimento, ele levou um pouco de dinheiro. Disse que, eventualmente, um cara ia lá, buscava alimentos para eles. Mas ele queria ensinar o filho a viver na mata — disse a delegada.

O carro de Mark Alexander foi localizado no domingo, trancado numa área de mata próxima à Praia dos Amores, e passou por perícia. Dias antes, os celulares de pai e filho também foram achados, no Centro de Balneário Camboriú.

— Na quinta, ele esteve no shopping com o filho. Eles descartaram dois telefones caros em uma obra porque queriam se desvincular do mundo digital e não queriam nem o telefone desligado perto deles. Eles foram até a Estrada da Rainha, onde ele abandonou o carro. Saíram só com a roupa do corpo e foram para o mato — explicou Luana Backes.

Mark Alexander contou aos investigadores que ele e o filho se alimentavam de frutas, como maracujá, e ficavam em uma barraca improvisada, montada com pedaços de compensado e “equipada” com folhas como colchão. A delegada destaca que o homem foi acusado de expor o filho a perigo e assinou termo circunstanciado. O Conselho Tutelar foi acionado para verificar a situação de vulnerabilidade do adolescente que, segundo Luana Backes, estava faminto.

— O menino estava com bastante fome, sede, tanto que logo após ser resgatado pelos bombeiros ele comeu um pedaço de bolo, pão, tomou água. Ele está bem cansado também. Os dois [estavam] sem tomar banho desde quinta-feira, sem se alimentar direito. Eles não tinham levado água potável. Eles estavam pegando água, segundo ele, de umas torneiras que havia lá — disse a investigadora.

A polícia investigava o que havia acontecido com pai e filho. Relatos de conhecidos fornecidos às autoridades apontam que Mark Alexander apresentava comportamento incomum nos meses anteriores e falava em “extraterrestres, meteoros e fim do mundo” antes de sumir.

Amigos do americano recorreram à polícia ao perceberem que não tinham mais notícias dele nem do jovem Duncan.

O Tenente Coronel Vicente, comandante do 12º Batalhão da PM da cidade, disse à CNN que conversas informais com parentes e amigos do americano revelaram menções frequentes à vida fora da Terra e ao suposto “fim do mundo”, além do uso de substâncias como cogumelos.



Conteúdo Original

2025-09-03 06:16:00

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