a fuga caótica após o assalto à biblioteca Mário de Andrade

Segundo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), câmeras do sistema municipal de reconhecimento facial, o Smart Sampa, registraram toda a ação — desde o roubo até a chegada dos suspeitos a um endereço onde as obras supostamente estariam


Segundo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), câmeras do sistema municipal de reconhecimento facial, o Smart Sampa, registraram toda a ação — desde o roubo até a chegada dos suspeitos a um endereço onde as obras supostamente estariam escondidas.

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Nenhuma obra foi recuperada até o momento. Apesar da suposta identificação de um esconderijo, as forças de segurança aguardam um mandado de busca e apreensão para vistoriar o imóvel.

Até o momento, apenas um suspeito foi preso: Felipe dos Santos Fernandes Quadra, de 31 anos, detido em uma casa na Mooca, na Zona Leste. De acordo com a Polícia Civil, ele tinha passagens por furto, roubo e tráfico de drogas, além de ser conhecido pelo apelido de “Sujinho”.

No dia do roubo, ele foi visto conversando com os dois homens que invadiram a biblioteca e renderam três pessoas — um vigilante e um casal de idosos.

Ao sair da biblioteca com oito gravuras de Henri Matisse e cinco de Cândido Portinari, os assaltantes caminharam até o Vale do Anhangabaú, a poucos metros do local, onde uma van azul os aguardava. O veículo usado na fuga foi posteriormente abandonado.

Imagens do Smart Sampa mostram que, enquanto descarregava a van, um dos criminosos chegou a apoiar as obras em uma parede, ao lado de uma pilha de lixo. De acordo com o prefeito, o assaltante teria se assustado ao ver um carro se aproximando e pensado se tratar de uma viatura.

Momentos depois, o suspeito retornou, recolheu os quadros e continuou a trajetória a pé, chegando a atravessar a Avenida Nove de Julho carregando as peças.

— Ele está indo com as gravuras, andando a pé com os quadros. Vem um carro, ele parece achar que é uma viatura, deixa as gravuras na calçada e sai correndo. Depois volta, pega os quadros e segue caminhando. Tudo isso está registrado no Smart Sampa — afirmou Nunes.

O prefeito ainda disse que o suspeito seguiu até um imóvel onde, acredita-se, as obras tenham sido levadas. A polícia, no entanto, decidiu aguardar o mandado antes de entrar no local.

Nunes também destacou que os criminosos chegaram a fazer três trocas de roupas durante o curso do assalto, com o objetivo de se esquivar das forças de segurança.

O caso foi registrado no 2º DP (Bom Retiro) e é conduzido pela Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas.



Conteúdo Original

2025-12-08 17:31:00

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