Alunos de Nova Iguaçu aprendem sobre conservação e proteção aos animais silvestres

Alunos de Nova Iguaçu aprendem sobre conservação e proteção aos animais silvestres 21 de outubro de 2025 Alunos da Escola Municipal Agroecológica Vale do Tinguá, em Nova Iguaçu, tiveram uma verdadeira aula de educação ambiental nesta semana. Agentes da Guarda


Alunos de Nova Iguaçu aprendem sobre conservação e proteção aos animais silvestres




Alunos da Escola Municipal Agroecológica Vale do Tinguá, em Nova Iguaçu, tiveram uma verdadeira aula de educação ambiental nesta semana. Agentes da Guarda Municipal Ambiental transformaram a sala de aula em um espaço de sensibilização sobre conservação e proteção da fauna silvestre, levando um acervo com fotos de resgates e exemplares de animais para despertar o interesse dos estudantes pela preservação.

Entre os materiais apresentados, chamaram a atenção um gambá empalhado, animal frequentemente morto por engano, uma serpente, filhotes de gambás em estágio inicial de desenvolvimento conservados em potes de vidro e até um trabuco, artefato encontrado em áreas de mata e usado ilegalmente para caçar espécies de pequeno e médio porte, como tatus, pacas e catetos.

Os alunos também aprenderam que o descarte irregular de lixo pode atrair animais silvestres para perto das casas, aumentando o risco de acidentes.

“Nosso objetivo é mostrar como atuamos no resgate de animais silvestres e ensinar a importância da conservação. Alguns alunos moram próximos a áreas de proteção ambiental e convivem com a fauna local. Orientamos que, ao avistarem um animal, façam apenas o registro à distância, para que possamos monitorar e identificar a espécie”, explicou Grazieli da Silva, chefe de Educação Ambiental de Nova Iguaçu, órgão ligado à Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

 

Segundo ela, o trabalho vai além da sensibilização. Quando há suspeita de ferimentos ou impactos ambientais, os animais são resgatados e encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Seropédica — unidade do Ibama no estado do Rio responsável pela reabilitação da fauna.

“Nosso papel não é tirar o animal de seu bioma, mas protegê-lo. Reforçamos sempre que ninguém deve manusear um animal silvestre. O correto é acionar nossas equipes”, completou Grazieli.

Durante a visita, o chefe da Área de Proteção Ambiental do Tinguá, Carlos Januzzi, destacou o papel ecológico do gambá, que atua como controlador natural de pragas, como escorpiões, cobras, insetos e baratas, e dispersor de sementes, ajudando a equilibrar o ecossistema e regenerar a mata.

 

 

“Estamos na temporada de reprodução desses animais e é importante que as pessoas entendam sua função ecológica. O gambá sofre muito preconceito por causa da aparência e, por isso, muitos acabam sendo mortos ou atropelados propositalmente. Precisamos mudar essa mentalidade e as crianças são fundamentais nesse processo”, afirmou Januzzi.

Entre os estudantes, a aluna Kethelen Victória da Silva Dias, de 13 anos, foi uma das mais empolgadas com a aula e disse que pretende compartilhar o que aprendeu com familiares e vizinhos.

“Moro perto de um morro onde há muitos animais, como bicho-preguiça, macaquinhos e gambás. Aprendi que devemos cuidar deles também, porque fazem parte da natureza. Agora vou ensinar que o gambá não pode ser morto — ele ajuda no controle das pragas”, contou.

Para acionamentos em casos de resgate de animais silvestres, a Guarda Municipal Ambiental de Nova Iguaçu disponibiliza o telefone 3779-1183, o email @guarda.municipal.ambiental.ni e sua rede social @semam.ni.

 



Conteúdo Original

Posts Recentes

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE