Prefeitura de Maricá promove debate sobre religião e democracia durante a Semana de Direitos Humanos

Foto: Julios CostaA Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, realizou nesta terça-feira (09/12) a mesa de debate “Religião e Democracia: um debate necessário”, na sede do Programa Marielle Franco, no Centro. O encontro, que



Foto: Julios Costa

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, realizou nesta terça-feira (09/12) a mesa de debate “Religião e Democracia: um debate necessário”, na sede do Programa Marielle Franco, no Centro. O encontro, que integra a programação da Semana de Direitos Humanos do município, reuniu pesquisadores, lideranças religiosas e moradores do município para discutir a relação entre religiosidade, poder e política.

“Temos oportunidade de debater, com pesquisadores, a religiosidade, que é um tema que está muito ligado aos direitos humanos. O preconceito gera violência e discriminação, então é muito importante que existam espaços como esse para refletirmos e construirmos uma sociedade mais igualitária”, afirmou a coordenadora do programa, Luana Andrade.

A mesa contou com a participação da antropóloga Maria Alice Tallemberg, da historiadora e socióloga Carolina Rocha e do pastor e coordenador de religiosidade da Secretaria de Direitos Humanos, Oliver Costa Goiano, com mediação da teóloga, pastora e doutora em Direito, Lusmarina Campos Garcia. Ao longo da conversa, os convidados apresentaram diferentes perspectivas sobre as relações entre religião e democracia e sobre os desafios da convivência com a diversidade no Brasil.

No debate, a antropóloga Maria Alice Tallemberg ressaltou como a democracia depende da capacidade de acolher a pluralidade. “A democracia só existe quando cabe dentro dela mundos que nos desafiam. Diferença não é ameaça, e sim convite”, destacou.

O pastor Oliver Costa Goiano abordou o avanço do extremismo religioso e a responsabilidade das lideranças na defesa dos direitos humanos. “O fundamentalismo é o ódio ao diferente. Nós não devemos ocupar o poder para defender a nossa religião, nós devemos ocupar o poder por um país mais justo e que respeita o diferente”, ressaltou.

Já a socióloga Carolina Rocha ressaltou que compreender a política brasileira exige reconhecer o papel central da religião na formação do país. “Para compreendermos o Brasil e falarmos de política e poder, a gente precisa falar de religião. A religião é uma maneira de existir no Brasil”, complementou.



Conteúdo Original

2025-12-10 15:41:00

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