Prefeitura aposta no Porto de Maricá para impulsionar exportação de gado vivo e fortalecer o agronegócio

Foto: Bernardo GomesA Prefeitura de Maricá quer aproveitar o crescimento da exportação de gado vivo no Brasil para trazer a atividade para a cidade. Uma reunião na manhã desta terça-feira (17/06) alinhou ações e medidas necessárias para a



Foto: Bernardo Gomes

A Prefeitura de Maricá quer aproveitar o crescimento da exportação de gado vivo no Brasil para trazer a atividade para a cidade. Uma reunião na manhã desta terça-feira (17/06) alinhou ações e medidas necessárias para a implantação de um dos maiores segmentos dentro do agronegócio brasileiro na atualidade.

A construção do Porto de Maricá – cujas obras começam no segundo semestre deste ano – é vista como fundamental para o sucesso da exportação no município. Apesar disso, mesmo enquanto o empreendimento ainda não estiver pronto, o município já apresenta condições para se tornar uma área de quarentena dos animais, onde o gado vindo de vários lugares do Brasil passará por um pré-embarque.

“Toda essa parte de quarentena do gado foi discutida. Maricá pode receber esses animais de outras partes do Brasil para quarentenar e depois exportar. Aqui existe muito potencial para que a cidade faça parte desse novo momento do agronegócio no Rio de Janeiro na exportação”, disse Raphael Moreira, superintendente do Ministério da Agricultura no Estado do Rio de Janeiro.

O Brasil exportou mais de 1 milhão de animais no último ano. Já o Rio de Janeiro, a partir de janeiro deste ano, teve habilitado o Porto do Açu, em São João da Barra, como primeiro local no estado para a exportação de gado em pé. Cada embarcação leva de 5 a 7 mil gados, podendo chegar a 20 mil.

Antes, só se exportava gados vivos por São Paulo, Pará e Rio Grande do Sul. Com a construção do Porto de Maricá e a possibilidade de outros portos entrarem em condições para a exportação, vai haver crescimento econômico nas cidades participantes, além da geração de emprego e renda.

“Serão gerados muitos empregos em várias áreas ligadas ao segmento. Transporte, alimentação dos animais, cuidados veterinários… toda essa cadeia será envolvida. Cada embarcação movimenta cerca de R$ 400 milhões na economia do estado. Logo, mais empresas que virão para Maricá e, consequentemente, a população será beneficiada”, concluiu Raphael.

Início do projeto

Antes mesmo da conclusão das obras do Porto, Maricá já terá condições de se inserir no mapa da exportação de gado vivo. Havendo uma unidade de pré-embarque, a atividade já poderá ser executada na cidade. O município vai funcionar, inicialmente, como espaço de quarentena para os gados, efetuando a exportação por outros portos.

O agronegócio é tratado como uma das potências do Brasil, pela importância de impacto no crescimento do PIB. O Rio, apesar de ser um estado pequeno territorialmente, mostra capacidade em disputar com os outros estados em termos de qualidade. A vinda da exportação de gado Maricá é vista como um marco de desenvolvimento da agricultura.

“Maricá tem a possibilidade de ter uma demanda que hoje, ainda, é reprimida. Teremos tanto a exportação quanto o confinamento do gado na região. Eu entendo que Maricá tendo um porto teria total condição de se tornar uma potência em exportação para o mundo inteiro”, relatou Renato Poubel, veterinário e empresário.

Diversificação econômica

A companhia Maricá Alimentos (Amar), responsável pelas estratégias de diversificação da economia a partir da biotecnologia e setor agroalimentar, também fará parte do processo de exportação de gados vivos na cidade.

“Nós queremos expandir todas as iniciativas. E a exportação de gado vivo é algo que está crescendo no Rio de Janeiro. A partir desse encontro, vamos ver as possibilidades do gado confinado aqui em Maricá sendo destinado à exportação”, garantiu Marlos Costa, presidente de Amar.

A companhia trabalha paralelamente também há alguns meses para conseguir a certificação agropecuária nacional na cidade junto ao Ministério da Agricultura. Já há a inspeção municipal, de responsabilidade da Secretaria de Agricultura e Pecuária, e Maricá quer garantir também produtos com o Serviço de Inspeção Federal (SIF) para que toda a produção municipal de alimentos possa ser destinada ao mercado brasileiro e internacional.



Conteúdo Original

2025-06-17 14:18:00

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