Medalha Darcy Ribeiro fez sua ‘estreia’ no 2º Festival de Cinema e Política de Maricá

A Secretaria de Cultura e das Utopias de Maricá encerrou neste domingo (22/06) o primeiro fim de semana do 2º Festival de Cinema e Política, que começou na última quinta-feira (19) – data em que se comemora



A Secretaria de Cultura e das Utopias de Maricá encerrou neste domingo (22/06) o primeiro fim de semana do 2º Festival de Cinema e Política, que começou na última quinta-feira (19) – data em que se comemora o Dia do Cinema Brasileiro – e levou ao Cine Henfil nomes de peso do cinema nacional. Para além das palestras e dos filmes exibidos nos primeiros quatro dias, o evento também contemplou os convidados com a Medalha Darcy Ribeiro da Cultura, uma condecoração criada pelo governo municipal que é direcionada a pessoas cuja vida é dedicada às artes. Os diretores de cinema participantes foram os primeiros a serem agraciados com a honraria que, no futuro, deverá ser estendida a outras linguagens artísticas.

De acordo com o secretário Sady Bianchin, a premiação é uma ideia que existe desde 2009, ano em que começou a primeira gestão do prefeito Washington Quaquá, mas que não tinha saído do papel até agora. Ele conta que o festival foi visto como o momento mais adequado para fazer a estreia da medalha.

“Todo festival, especialmente os de cinema, oferece algum tipo de prêmio aos seus participantes. Como não temos ainda uma mostra competitiva, propomos ofertar essa premiação aos realizadores participantes. O nome de Darcy Ribeiro veio naturalmente por tudo que ele representa na educação, na política, na cultura como escritor e também para Maricá como símbolo da utopia sonhada por ele”, explicou Sady, acrescentando que a confecção da peça foi feita em parceria com o Centro de Criação de Imagem Popular (Cecip), organização gestora da sala de cinema.

Numa curta análise sobre os primeiros dias do festival, o secretário de Cultura e das Utopias afirmou estar bastante satisfeito com a presença dos palestrantes, a qualidade dos filmes mostrados e do público presente.

“Estamos felizes principalmente pela consciência que estamos tendo a chance de levar e formar nesse público, de que é preciso defender as conquistas que a cidade obteve nesses anos, e a cultura é prova disso por meio do cinema. Todos os diretores foram unânimes em dizer que eventos como esse e um espaço gratuito de cinema deveriam existir em todas as cidades do país, mas só Maricá tem”, revelou Sady Bianchin.

“Maricá é fonte de audácia cultural”, afirma Neville D’Almeida

Um dos que afirmou essa necessidade foi Neville D’Almeida, responsável por filmes históricos como “A Dama do Lotação” (de 1978, dono da maior bilheteria do cinema nacional até 2010), “Rio Babilônia” (de 1982) e “Navalha na Carne” (de 1997), entre muitos outros, e ainda em atividade aos 84 anos. Sua produção mais recente, “Bye Bye Amazônia” (de 2023), encerrou a primeira parte da maratona de filmes no domingo. Em sua fala, ele classificou como “uma bênção” estar em Maricá para o festival.

“Queria ver mais cidades como esta, uma verdadeira fonte de audácia cultural, resultado de uma política mantida por um prefeito estadista como é o Quaquá. Nenhuma cidade no Brasil é como Maricá, nenhuma outra tem o que se tem aqui”, elogiou Neville.

Outros realizadores presentes como Zeca Brito (que exibiu na tela o filme ‘Legalidade’), Tetê Morais (cujo filme “O Sonho de Rose”, abriu a série de exibições) e Silvio Tendler também exaltaram o festival e outras iniciativas culturais da cidade. Claudius Ceccon, criador do Cecip, participou da primeira mesa e revelou que foi amigo do cartunista Henfil de Souza, que dá nome à sala pública de cinema.

“É muito bom para mim gerir um espaço que leva o nome e estar num evento de cinema dentro dele. Eu entendo que este festival é um passo decisivo para colocar a cidade no circuito do cinema nacional e fico muito feliz que o Cecip esteja diretamente envolvido nesta revolução que estamos testemunhando”, ressaltou Claudius.



Conteúdo Original

2025-06-23 15:55:00

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