Maricá resgata arte milenar dos vitrais e forma primeira turma de profissionais na técnica

Foto: Thamyris MelloBaixar PDF A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura e das Utopias, realizou nesta segunda-feira (03/11) a cerimônia de formatura da primeira turma da Oficina de Conservação e Execução de Vitrais, no Cine



Foto: Thamyris Mello

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A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura e das Utopias, realizou nesta segunda-feira (03/11) a cerimônia de formatura da primeira turma da Oficina de Conservação e Execução de Vitrais, no Cine Henfil, no Centro. O curso, promovido entre junho e setembro no Castelo Sliachticas, em Bambuí, totalizou 188 horas de conteúdo, ministradas pelo mestre vitralista George Sliachticas.

“Estamos construindo um legado ativo, um trabalho milenar que ficará registrado nas obras da cidade, contando a história da arquitetura através dos vitrais. Na construção da Cidade das Utopias, teremos obras elaboradas com vitrais das nossas próprias oficinas, gerando renda, inclusão social e valorizando o talento desses profissionais”, destacou o secretário de Cultura e das Utopias, Sady Bianchin.

Ao todo, 15 alunos receberam os certificados de conclusão do primeiro módulo da oficina, que teve como foco o aprendizado da técnica e o resgate da arte tradicional. Na cerimônia, também estiveram expostos os trabalhos produzidos pelos formandos durante a capacitação.

“A arte dos vitrais está em extinção. Esse grupo não conhecia o vitral e foi desenvolvendo o trabalho desde o básico da técnica. É a primeira cidade do estado a dar essa oportunidade, e eles fizeram um trabalho maravilhoso, cada um com seu estilo e técnica”, afirmou o professor George Sliachticas.

Para o presidente da Companhia de Cultura e Turismo de Maricá (MARÉ), Antônio Grassi, a iniciativa fortalece o desenvolvimento criativo da cidade. “É um formato muito importante para todos nós, para contarmos com essa participação criativa na construção dos projetos e obras do município. É dessa maneira que podemos fazer com que esse legado se perpetue em Maricá”, ressaltou.

Entre os formandos, o sentimento foi de gratidão e conquista.

“Foi muito gratificante ter participado, uma experiência única. É uma arte que não podemos deixar morrer. Conseguimos nos aprimorar e acredito que teremos um grande futuro graças a esse projeto”, contou Cleyton Santana, de 33 anos, morador de Bambuí.

O artista plástico Antônio do Vale da Silva, de 83 anos, morador do Flamengo, também celebrou a oportunidade. “Sou autodidata em artes plásticas, sempre desenhei e pintei, mas nunca tinha tido contato com vitral. Foi uma experiência maravilhosa”, relatou.

Já para o arquiteto do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), Roberto da Luz, especialista em restauração e morador de São José do Imbassaí, o aprendizado vai auxiliar no crescimento profissional. “Eu já atuo no instituto há 26 anos, mas esse conhecimento técnico é necessário e vai contribuir muito nas avaliações de cada obra onde estão inseridos os vitrais, é outro olhar”, concluiu.



Conteúdo Original

2025-11-03 17:11:00

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