Maricá colhe primeiros frutos de projeto de horta terapêutica

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, realizou nesta terça-feira (14/10) a primeira colheita da horta terapêutica do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), no Centro, em parceria com a Secretaria de Agricultura e Pecuária. Entre as hortaliças colhidas estão alface crespa, alface lisa, alface roxa e coentro.

A iniciativa faz parte das atividades coletivas semanais do CAPSi, que têm como objetivo promover o cuidado em saúde mental de crianças e adolescentes em situação de sofrimento psicossocial, fortalecendo vínculos e estimulando o trabalho em grupo.

A psiquiatra Nathalia Mazolli, que atua no atendimento infantojuvenil do centro, destacou a importância da ação como ferramenta terapêutica e social. “Precisamos trabalhar, tanto aqui quanto na cultura da população em geral, que o cuidado com a nossa existência e com as vulnerabilidades sofridas se faz de diversas formas – na luta por políticas públicas que protejam as crianças e adolescentes e também trabalhando o corpo como parte da natureza”, afirmou.

Ela reforçou ainda o impacto das ações em grupo. “As atividades coletivas são fundamentais para o cuidado da socialização das crianças e para fortalecer a direção transformadora de que saúde só se faz em coletivo”, completou.

As crianças e famílias assistidas pelo CAPSi participaram ativamente da colheita. A pequena Myrella, de 8 anos, comemorou a experiência. “Eu gostei muito da horta, quero que tenha mais atividades como essa, porque muitas pessoas gostam de frutas e verduras”, contou.

A atividade também envolveu familiares, como Sara Ferreira, mãe e avó de assistidos do CAPSi e integrante do programa Horta em Casa. “Essa ação de hoje não é importante apenas para as crianças, mas também para a vida de cada família, porque leva alimento saudável à mesa de cada um”, afirmou.

O CAPSi

O Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) é um serviço de atenção voltado ao atendimento de crianças e adolescentes, de até 17 anos, com comprometimentos psíquicos graves, incluindo transtornos mentais, autismo e uso de álcool e outras drogas.

O espaço oferece acolhimento especializado e desenvolve ações que integram saúde, educação e assistência social, garantindo cuidado integral e humanizado.