O cantor e compositor Renato Teixeira agradeceu à homenagem preparada pela TV Globo, a ser exibida no “Caldeirão com Mion” no próximo sábado (30/8), em celebração aos seus 80 anos. A repórter Monique Arruda, do portal LeoDias, conversou com a estrela da data nos bastidores da atração, nesta segunda-feira (25/8), no Rio de Janeiro.
O artista celebrou a chance de contar a história do passado da música sertaneja em um horário de destaque da emissora: “É uma alegria imensa quando eu estar participando desse momento. Eu nunca fui de receber essas grandes homenagens, mas quando acontece, você fica uma felicidade imensa, parece que você está voando. Poder contar para a moçada que a música brasileira é muito mais densa e profunda do que possa parecer”.
Veja as fotos




Leia Também
Felca detalha medidas de segurança contra ameaças de morte após denunciar Hytalo Santos
Bella Campos defende Maria de Fátima em “Vale Tudo”: “Ela não é vilã”
Doguinho apresentador do “Hoje em Dia”, Paçoca, do Celso Zucatelli, morre aos 14 anos
Na visão de Teixeira, a o ritmo se destaca por suas raízes e seu lado poético, classificado por ele como “fortíssimo e poderoso”. “Deixa ela muito rica. É isso que permite que a moçada de hoje possa fazer uma música com a qualidade que eles fazem. E ser um pouco de referência dos mais novos é motivo de alegria. A conclusão que eu chego é que deu tudo certo, né?”.
Dono de inúmeros sucessos consagrados por vozes dos maiores cantores do Brasil, o compositor lista algumas das preferidas, como “Rumaria”, de Elis Regina, e “Tocando em Frente”, de Maria Bethânia. Porém, ele faz ressalvas: “As carimbadas são emocionantes e prazeirosas. Mas, às vezes, aquela música que ninguém conhece, que você toca em casa, também te dá um prazer imenso”.
“Música que nem filho, né? Você gosta de todos, todas são lindas. As que não são muito boas, que você errou a mão, essa aí vai deixando meio de lado. Nesse caso, tem que fazer um esforço para lembrar. Mas quase 80%, 90% das músicas a gente lembra com muito prazer. Elas todas são muito agradáveis”.
Por fim, Ricardo avaliou as diferenças entre o sertaneja antiga com as músicas atuais do gênero, com menções frequentes à traição e bebidas: “Essas músicas mostram que a temática não deve ser só. Isso também é bom, mas eu tenho um compromisso muito grande com a poética mesmo. Tanto que em ‘Rumaria’, canção que eu falo dos rumeiros, faço reflexão sobre a vida. O outro lado também é importante cultivar. Que exista sempre a música brasileira rica desses exemplos, mas também rica nos exemplos de músicas de paixão”.