Ele afirmou que nunca teve problema com os rumores em si, mas que o preconceito da época impactou sua autoestima e ainda reflete em sua carreira
Com os holofotes voltados para ele desde a infância, o que não faltou na vida de Junior Lima foram opiniões alheias. Durante sua participação no programa “Saia Justa”, exibido na noite de quarta-feira (6/8), o irmão de Sandy relembrou o período entre os anos 90 e 2000, quando eram constantes os rumores sobre sua sexualidade, com especulações de que ele seria homossexual. As fofocas, segundo ele, causaram uma insegurança profunda, que precisou ser tratada com terapia.
“Existiram muitos boatos em relação à minha sexualidade na minha adolescência. E isso, para mim, gerou uma série de coisas que, na época, eu não entendia, mas gerou uma insegurança absurda. Por ser um homem, principalmente ali no final dos anos 90, 2000, que era completamente diferente de hoje em dia, da consciência de hoje”, refletiu.
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Junior LimaReprodução: GNT

Júnior LimaFoto: Reprodução/Instagram @junior_oficial

Junior Lima comenta chance de nova turnê com SandyFoto/Portal LeoDias

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Ele também explicou que sua convivência majoritariamente com mulheres contribuiu para desenvolver uma sensibilidade que, na época, era mal interpretada e alvo de críticas. “Sempre fui um homem que viveu na arte, que viveu dançando, na música, compondo… É um ambiente extremamente feminino, porque estava o tempo todo com a minha mãe e irmã. Então, eu tive uma sensibilidade muito aflorada, era um homem simpático, preocupado com as mulheres ao meu entorno. E isso se voltava contra mim. Naquela época, principalmente”, explicou.
O músico destacou que nunca teve problema com os boatos sobre ser gay, pois não carrega nenhum tipo de preconceito, mas ressaltou que isso foi assunto recorrente em suas sessões de terapia. “Era um período muito machista. Então o que isso gerava em mim, e era sempre à base de fofoca, reflete em mim até hoje. Imagina! 20 anos de análise e eu tive que peitar muita coisa e ser muito corajoso para continuar sendo quem eu simplesmente era e não negar a minha sensibilidade, a minha empatia que eu sempre tive.”
Por fim, Junior comentou que sua forma de se expressar artisticamente ainda é alvo de julgamento. “Sempre fui muito preocupado com o próximo. E isso era confundido, sabe? Um cara que se permitia dançar, como assim? E isso me atrapalha até hoje na minha profissão. Tem gente que tem preconceito comigo até hoje.”