Cantor participou da Sessão Inaugural do SP2B – São Paulo Beyond Business, evento que apresentou o festival de criatividade e tecnologia que ocorrerá em agosto de 2026 no principal parque da cidade
O primeiro show de Gilberto Gil após a morte de sua filha, Preta Gil, teve uma plateia mais singela do que as que tem comparecido à turnê Tempo Rei desde março, mas foi igualmente emocionante. Durante a apresentação, o cantor voltou a tocar Drão, música que fez para Sandra Gadelha, mãe de Preta, e falou brevemente sobre a morte da filha. A cantora morreu em 20 de julho, aos 50 anos, após um longo tratamento contra o câncer. Gil faria um show em Belém em 9 de agosto, mas adiou a apresentação. Já neste domingo (17), ele tocou por cerca de uma hora na Sessão Inaugural do SP2B – São Paulo Beyond Business, no Auditório do Ibirapuera. O evento, fechado para convidados, apresentou o festival de criatividade e tecnologia que ocorrerá em agosto de 2026 no principal parque paulistano. Além de Gil, marcou presença o historiador israelense Yuval Noah Harari, que fez uma palestra seguida de um diálogo com o jornalista Pedro Bial.
O cantor de 83 anos abriu o show com Punk da Periferia, ainda “escondido” sob uma grade e luzes. Quando apareceu inteiramente, foi ovacionado pela plateia, que ocupava a maioria dos 800 lugares do auditório. Ele agradeceu à presença de todos e saudou Harari, a quem chamou de um dos pensadores mais interessantes da contemporaneidade.
Gil permaneceu sentado, tocando violão, e estava acompanhado de dois dos filhos: José Gil, na bateria, e Bem Gil, na guitarra, ambos fruto do casamento com Flora Gil. Tocou Palco, Chiclete com Banana e Ladeira da Preguiça, eternizada na voz da “saudosa”, como ele lembrou, Elis Regina. Depois, passou por Aquele Abraço, para a “cidade irmã” Rio de Janeiro, antes de Andar com Fé e Tempo Rei.
O momento mais emocionando veio já nos primeiros acordes de Drão “Nas vezes em que tenho tocado essa música ultimamente, tenho cantado para ela. Nesses últimos anos, sempre para ela. Uma das meninas lá de casa, nossa querida Preta.”, disse Gil, sob aplausos. “Essa música foi feita para a mãe dela”, completou, antes de começar a cantar. Quando a canção foi encerrada, o público se levantou para aplaudir. Gil fechou os olhos e permaneceu assim por alguns segundos. Abriu os braços, indicando agradecimento.

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A emoção continuou com Estrela, composição de 1997. “Para as crianças lá em casa, quando vai-se alguém, especialmente assim na família, dizemos a elas que virou uma estrela”, falou Gil, antes de tocar a canção. Em seguida, tocou Esotérico e Não Chore Mais.
O show – que, segundo a organização, foi preparado de forma a homenagear a cidade de São Paulo – ainda passou por Vamos Fugir, popularizada pela banda Skank, Esperando na janela, Maracatu Atômico e foi encerrado com Toda Menina Baiana. Ao final, o cantor foi bastante aplaudido. Gil retoma a turnê Tempo Rei em setembro em Porto Alegre. Em São Paulo, a turnê passa nos dias 17 e 18 de outubro.
*Com informações de Estadão Conteúdo
Publicado por Nícolas Robert