Eliminada do “Big Brother Portugal”, brasileira revela ataques xenofóbicos

A brasileira Ana Catharina denunciou, nesta segunda-feira (22/7), ataques xenofóbicos que vem sofrendo desde a saída do “Big Brother Verão”, de Portugal. A mulher, de 34 anos, foi eliminada pelo público pagante – que paga para votar – após uma discussão com outra participante, que debochou do sotaque dela.

A recém-eliminada destacou que, além da própria ter recebido a rejeição do público, sua adversária não recebeu nenhuma sanção por parte da direção do programa. Desde então, as mensagens preconceituosas se multiplicaram — tanto online quanto pessoalmente: “A principal mensagem é ‘volta para sua terra’ e também relativizando o que aconteceu”.

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O “Big Brother Verão” é uma edição especial do reality, exibido em Portugal pela TVI.Divulgação/TVI

Ana Catharina lamentou a ausência de punição para a adversária.Reprodução/@_ana_catharina.oficial

Reprodução/@_ana_catharina.oficial

A ex-participante também lamentou os frequentes ataques contra brasileiros.Reprodução/@_ana_catharina.oficial

Bandeiras de Brasil e PortugalReprodução infomoney.com.br

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Os críticos em questão afirmam que ela fala “em brasileiro”, o que Catharina rebateu: “Isso não existe. É em português, e o de Portugal não é melhor do que o do Brasil. É muito fácil para quem não é brasileiro e vive em Portugal relativizar uma situação tão grave como a gozação do sotaque”, desabafou.

“Para quem acha que eu vou me calar, eu não vou. Para todos aqueles que falam para eu voltar para minha terra, se vocês estão se referindo para eu voltar para o Brasil, saibam que eu só volto de primeira classe”, continuou a brasileira, que lamentou a frequência com que compatriotas são alvos de preconceito no país europeu: “Que a gente consiga juntos falar de uma situação tão deprimente, tão triste, que muitos brasileiros vivem em Portugal”, desabafou.

“Discriminação é crime. Não é ‘brincadeira’. Não é opinião. É crime. E a lei portuguesa é clara sobre isso”, finalizou Catharina. A Lei n.º 93/2017 de Portugal estabelece “o regime jurídico da prevenção, proibição e combate à discriminação em razão de origem racial e étnica, cor, nacionalidade, ascendência e território de origem”.