Segundo a polícia, ela usava spas de massagens como fachada para recrutar mulheres, inclusive do Brasil, mas a entrevistada nega as acusações
O “Domingo Espetacular” (Record) exibiu uma entrevista conduzida por Roberto Cabrini com Rebeka Episcopo, conhecida como DJ Beka, de 54 anos. A brasileira é suspeita de liderar uma rede de prostituição de luxo em Portugal. Na reportagem, que foi ao ar neste domingo (27/7), o jornalista viajou ao país europeu para investigar o esquema internacional de exploração sexual, que está sob apuração da polícia portuguesa.
Beka é acusada de aliciar mulheres, a maioria brasileiras, para atuarem na prostituição de alto padrão. Ela chegou a ficar presa por três meses e meio e nega veementemente qualquer envolvimento com o crime. Assim que saiu da prisão, concedeu a entrevista ao jornalista da Record.
Veja as fotos
Cabrini investiga DJ acusada de chefiar rede de prostituição em PortugalReprodução: Record TV

Cabrini investiga DJ acusada de chefiar rede de prostituição em PortugalReprodução: Record TV

Cabrini investiga DJ acusada de chefiar rede de prostituição em PortugalReprodução: Instagram @bekaepiscopo

Cabrini investiga DJ acusada de chefiar rede de prostituição em PortugalReprodução: Instagram @bekaepiscopo

Cabrini investiga DJ acusada de chefiar rede de prostituição em PortugalReprodução: Instagram @bekaepiscopo
Ao contar sua trajetória, a DJ, natural do Mato Grosso do Sul, revelou que sua mãe, Maria do Carmo, uma mulher nordestina, foi escravizada até os 14 anos pela própria família. Beka contou que, ao chegar a Portugal, abriu seu próprio salão de cabeleireiro. Dois anos depois, passou a trabalhar em uma agência imobiliária especializada em imóveis de luxo.
Segundo ela, foi durante essa fase que, após visitar um SPA de massagens tântricas com o então namorado, surgiu a ideia de abrir dois estabelecimentos do tipo, em Lisboa e Cascais, oferecendo serviços voltados para o público individual e casais: “As pessoas que trabalhavam comigo eram tratadas aqui em Portugal. Tínhamos anúncios como qualquer outra empresa: ‘Procuram-se massagistas terapêuticas tântricas’. E as que não sabiam fazer a massagem tântrica, nós dávamos treinamento”.
Ainda segundo DJ Beka, as profissionais que atuavam nos estabelecimentos nunca foram prostitutas, trabalharam sob pressão, escravizadas, deportadas, trazidas do Brasil, amarradas ou o que seja: “Isso nunca aconteceu. Nossa intenção não era vender o sexo”, declarou. Ela foi monitorada durante meses pela polícia portuguesa, que suspeita de um esquema de recrutamento de mulheres, muitas vindas do Brasil. Ao ser questionada sobre as dez mulheres que afirmaram que ela comandava o aliciamento, Beka reagiu: “Que se apresentem no tribunal”.