O “Fantástico” deste domingo (17/8) apresentou uma reportagem sobre Hytalo Santos, que foi preso preventivamente na última sexta (15/8). O influenciador e o marido dele, Israel Vicente, conhecido como Euro, são acusados de exploração sexual infantil e tráfico de pessoas. O programa entrevistou ex-funcionários de Hytalo e trouxe revelações bombásticas da rotina na casa dele.
Na matéria exclusiva, uma testemunha não identificada disse que o influenciador é soberbo e que tudo tinha que andar do jeito que ele queria. Já outra contou que, se pessoas do convívio de Hytalo não fizessem o que ele desejava, eram dispensadas. De acordo com os relatos, a mansão em que o casal morava, em João Pessoa, na Paraíba, era cheio de lixo. “Ficava durante três dias, quatro dias, cinco dias. Eles não tinham muito um ambiente limpo”, revelou a fonte.
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Os ex-funcionários falaram que outras dez pessoas moravam com o casal, sendo quatro menores de idade. Quando não estavam trabalhando, os adolescentes não podiam ficar com os celulares, informou a reportagem. Uma testemunha explicou que os aparelhos eram guardados em uma caixa e até mesmo dentro do quarto do influenciador porque ele tinha medo de ser filmado “por trás das câmeras”.
Festas eram realizadas na casa frequentemente e todos tinham acesso a bebidas alcoólicas. “Sem restrição”, lembrou um ex-funcionário. Além disso, os jovens não se alimentavam direito, apenas quando Hytalo permitisse. Também não havia rotina na mansão e, muitas vezes, após o influenciador mostrar os menores indo à escola, eles faltavam às aulas quando as câmeras eram desligadas.
Uma testemunha disse, em depoimento ao Ministério Público, que os adolescentes viviam em regime de cárcere privado, sem vida social, como se fossem propriedade de Hytalo. De acordo com a coordenação de duas escolas, há registros de jovens que ficaram de 40 a 50 dias afastados do ambiente escolar – ou se atrasavam por conta das gravações.
Um dos relatos de destaque exibidos na reportagem foi em relação ao dinheiro que o influenciador ganhava. Segundo os ex-funcionários, Hytalo chegava a receber dinheiro em espécie (em malas) e joias. “Eu via muitas sacolas de dinheiro saindo da casa dele”, contou uma testemunha.
