Após o jogo, Casemiro evidenciou que a falha de concentração em 45 minutos pode ser fatal no futebol de alto nível; já Carlo Ancelotti admitiu estar ‘incomodado’ com o resultado e fala em aprendizado
A seleção brasileira perdeu de virada por 3 a 2 para o Japão em amistoso preparatório para a Copa do Mundo de 2026, realizado na manhã desta terça-feira (14). O revés, contudo, teve grande repercussão nas redes sociais devido a falhas individuais, especialmente do zagueiro Fabrício Bruno, no segundo gol japonês.
O Brasil chegou a abrir 2 a 0 no placar, com gols de Paulo Henrique e Gabriel Martinelli. No entanto, o desempenho do sistema defensivo na segunda etapa foi fundamental para a virada japonesa. As atenções centraram especialmente em Fabrício Bruno. O zagueiro do Cruzeiro esteve diretamente envolvido em dois lances capitais que definiram a derrota.
Primeiro, um erro em um passe na saída de bola da defesa brasileira no segundo tempo permitiu que Minamino, do time da casa, marcasse o primeiro gol japonês. Poucos minutos depois, Fabrício Bruno acabou desviando para a própria meta um chute de Nakamura, selando a virada e a vitória do Japão por 3 a 2.
A atuação do defensor gerou uma enxurrada de críticas nas plataformas digitais. O nome de Fabrício Bruno se tornou um dos tópicos mais comentados, com usuários “detonando” a performance do zagueiro e questionando sua presença na equipe.
Veja algumas reações:
Tava 2×0 Brasil, aí o Fabrício Bruno entregou um gol e fez um contra… kkkkkkkkkk
MEU DEUS PODE COLOCAR A CAMISA DO JAPÃO NELE.2×2 pic.twitter.com/fiTizfpRIE
— PES MIL GRAU (@Pesgrau) October 14, 2025
Fabrício Bruno, você é horrível
— boom (@pedrothealmeida) October 14, 2025
Fabrício Bruno do céu, que partida horrível, olhando os lances aqui agora. Kkk
— And (@dna04and) October 14, 2025
Casemiro fala em ‘Apagão’ do Brasil no segundo tempo
A derrota da seleção acendeu um sinal de alerta no elenco, especialmente para o volante e capitão Casemiro. Após a partida, o jogador descreveu o desempenho da equipe na segunda etapa como um “apagão” coletivo, que permitiu aos japoneses reverterem a vantagem brasileira de 2 a 0.
Casemiro enfatizou que a falha de concentração em 45 minutos pode ser fatal no futebol de alto nível, citando a proximidade da Copa do Mundo como um motivo de preocupação. “Um apagão na segunda parte em toda equipe. Esse é o mais alto nível. Se você dorme 45 minutos, pode custar uma Copa do Mundo, uma Copa América, uma medalha, um sonho de quatro anos… aprendizado,” declarou.
O capitão ressaltou que a performance ruim não se limitou a jogadores específicos, mas foi um problema de todo o grupo. “Toda a equipe na segunda parte não esteve bem. Nesse alto nível, são detalhes que fazem a diferença,” continuou.
Para o volante, o resultado, apesar de negativo, precisa ser visto como uma lição valiosa. Casemiro sugeriu que o desejo de fechar a preparação com uma vitória pode ter influenciado o desequilíbrio emocional do time. “Nesse alto nível, tem que manter o equilíbrio. Que sirva de aprendizado. A Copa do Mundo está aí. 45 minutos podem custar um sonho de infância,” finalizou.

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Ancelotti demonstra incômodo com derrota e cobra equilíbrio mental
O técnico Carlo Ancelotti expressou seu descontentamento e fez uma análise crítica sobre a falta de reação do time no segundo tempo. O treinador italiano admitiu estar “incomodado” com o resultado, afirmando que a derrota serve como um aprendizado necessário para a equipe. “Não gosto de perder, nem os jogadores. Temos que aprender com essa derrota, como sempre no futebol,” comentou.
Ancelotti apontou que a principal falha da seleção foi a reação psicológica após sofrer o primeiro gol japonês, logo aos seis minutos da etapa final, que reduziu a vantagem brasileira de 2 a 0. O técnico considerou que o jogo estava bem controlado até o momento do erro que originou o primeiro gol do Japão.
“A equipe caiu mentalmente depois do primeiro erro. Isso foi o maior erro da equipe. O erro afetou demais,” avaliou Ancelotti, destacando que a perda de concentração e o desequilíbrio mental foram mais prejudiciais do que a qualidade da atuação na segunda etapa.
Questionado sobre as consequências dos erros individuais para a permanência de jogadores na equipe visando a Copa do Mundo, Ancelotti minimizou a importância das falhas isoladas. Ele afirmou que “os erros individuais não afetam na presença de um jogador na equipe,” mas sim a resposta coletiva a eles.
O foco do treinador está na necessidade de manter a estabilidade emocional e o “pensamento positivo”, mesmo após momentos adversos. “O que temos que avaliar é a reação da equipe depois do primeiro erro, que não foi boa porque perdemos um pouco do equilíbrio no campo… É uma boa aula para o futuro,” concluiu.