Entre outubro e novembro, o estádio receberá seis apresentações, de quatro bandas e artistas diferentes; a série faz com que, ao fim desta maratona, seja necessário fazer o replantio do gramado
A vitória do São Paulo sobre o Bahia neste sábado foi a última da equipe de Hernán Crespo no Morumbi em 2025. Isto porque, a partir da próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o clube deverá mandar suas partidas “fora de casa” em função dos shows internacionais que o estádio receberá em novembro. Entre outubro e novembro, o Morumbi receberá seis shows, de quatro bandas e artistas diferentes. A primeira será o Imagine Dragons, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro. Linkin Park, Dua Lipa e Oasis também se apresentam no estádio até o fim do ano. Confira o calendário abaixo.
Imagine Dragons: 31 de outubro e 1º de novembro
Linkin Park: 8 de novembro
Dua Lipa: 15 de novembro
Oasis: 22 e 23 de novembro
Nesse período, serão quatro compromissos que o São Paulo terá de mandar longe do Morumbi. Dois destes (Flamengo e Red Bull Bragantino) já estão confirmados para a Vila Belmiro, em processo de reciprocidade entre a diretoria tricolor e a do Santos, que também disputou jogos como mandante no Morumbi nesta temporada. As duas outras partidas, contra Juventude e Internacional, ainda não tiveram locais confirmados.
Com isso, o São Paulo, que ocupa a nona posição no Campeonato Brasileiro, não terá o apoio do Morumbi em busca da vaga na Libertadores e a meta esportiva de 2025 no Brasileirão, estabelecida no orçamento para este ano. Nele, a gestão do presidente Julio Casares trabalhou com, ao menos, um sexto lugar na competição nacional.
Vale destacar que, com Palmeiras e Flamengo no G-4, existe a possibilidade de o sétimo colocado do Brasileirão garantir vaga na fase preliminar da Libertadores no próximo ano, caso uma das equipes, semifinalistas no torneio continental, consiga conquistar o título.
Os shows no Morumbi auxiliam no balanço financeiro do São Paulo Em junho, clube e Live Nation firmaram parceria exclusiva até 2031 para a realização das apresentações no estádio. O acordo também previu construção de túneis permanentes ligando a área dos anéis de circulação ao gramado – utilizados como acessos às áreas Premium e Pista Comum durante os shows.
Por outro lado, não ter o Morumbi disponível para a equipe profissional é um incômodo para Crespo. “Não sei se é importante o que eu penso, é assim, quando cheguei já sabia (sobre os shows no estádio)”, disse o treinador argentino. “Em dezembro, posso dar a minha opinião do que eu acho que deveríamos fazer, e vamos ver se vão aceitar ou não.” O treinador também não garantiu a permanência na equipe para 2026.
A série de shows no Morumbi também faz com que, ao fim desta maratona, seja necessário fazer o replantio do gramado, dada à pressão que a pista e o palco exercem sobre o campo são-paulino. Também será necessária uma força-tarefa para retirar as estruturas das bandas e artistas ao longo das próximas semanas.
Esta não é a primeira vez que o São Paulo receberá shows no Morumbi. Em abril, o estádio foi palco das apresentações do grupo sul-coreano Stray Kids. À época, no entanto, não foi um obstáculo para a equipe, que conseguiu articular mudanças junto à CBF e à Conmebol de seus compromissos.
