Camisa 10 entrou no segundo tempo e teve medo de virar vilã mesmo após brilhar em campo, mas encerrou o torneio ovacionada, com o troféu e o prêmio de melhor jogadora em mãos
Aos 39 anos, Marta viveu um dos capítulos mais emocionantes de sua carreira ao liderar a seleção brasileira na conquista da Copa América feminina de 2025, em Quito, no Equador. Em sua despedida do torneio continental, a camisa 10 entrou no segundo tempo da final contra a Colômbia, marcou dois gols — um deles uma pintura que rodou o mundo —, perdeu um pênalti, mas terminou ovacionada, com o troféu nas mãos e o prêmio de melhor jogadora da competição.
O Brasil venceu a decisão nos pênaltis por 5 a 4, após empate por 4 a 4 no tempo regulamentar e na prorrogação. Foi o nono título continental da equipe e o quarto de Marta na história da competição — ela também foi campeã em 2003, 2010 e 2018.
A final teve contornos de drama. Marta entrou aos 37 minutos do segundo tempo, quando o placar estava empatado em 2 a 2. Aos 43, a Colômbia fez 3 a 2, e, já nos acréscimos, a brasileira empatou com um chute de fora da área. Na prorrogação, voltou a marcar e colocou o Brasil na frente (4 a 3), mas Leicy Santos empatou novamente, forçando a decisão por pênaltis.
Na disputa, Marta perdeu sua cobrança. “Pedi a Deus que não me castigasse. Depois de entrar no jogo como estava, ser agraciada com o gol do empate, depois fazer mais um… Eu voltei depois da cobrança de pênalti muito abalada. Mas eu conto com essas meninas, que não me deixaram ficar ainda mais abalada”, disse a atacante. A goleira Lorena defendeu a última penalidade cobrada pela Colômbia e garantiu o título para o Brasil.
A atuação decisiva de Marta repercutiu internacionalmente. O portal norte-americano Attacking Third resumiu: “Além da idade. Atemporal. Marta”. Já Mia Hamm, lenda do futebol dos Estados Unidos, escreveu em uma rede social: “Ela é a GOAT”, sigla para Greatest of All Time (“a melhor de todos os tempos”).

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Visivelmente emocionada após a conquista, Marta destacou o espírito coletivo da equipe. “O nosso objetivo maior, sem dúvida, é ver o futebol brasileiro e o sul-americano brilhando cada vez mais”, afirmou. A conquista vem meses após Marta anunciar sua despedida da seleção após os Jogos Olímpicos de Paris. Em maio, no entanto, ela voltou a ser convocada para os amistosos preparatórios da Copa América — e, mais uma vez, fez história com a camisa do Brasil.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA