Cabo Verde faz história e garante vaga inédita na Copa do Mundo de 2026

Com a vitória por 3 a 0 sobre Essuatíni, país africano conquista primeira classificação ao Mundial e se torna a segunda nação menos populosa a disputar a competição, atrás apenas da Islândia, em 2018 Reprodução / Instagram Cabo Verde garante


Com a vitória por 3 a 0 sobre Essuatíni, país africano conquista primeira classificação ao Mundial e se torna a segunda nação menos populosa a disputar a competição, atrás apenas da Islândia, em 2018

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Cabo Verde garante vaga inédita na Copa do Mundo 2026

A nação insular (país independente cujo território principal é formado por uma ou mais ilhas) de Cabo Verde, no oeste da África, está em festa. Em um feito histórico, a seleção de futebol, carinhosamente apelidada de “Tubarões Azuis”, garantiu sua primeira classificação para a Copa do Mundo, que será realizada em 2026 nos Estados Unidos, México e Canadá.

A vaga inédita foi assegurada nesta segunda-feira (13) com uma vitória de 3 a 0 sobre Essuatíni (antiga Suazilândia) na última rodada das Eliminatórias Africanas. Os gols da consagração, que fizeram a capital Praia vibrar, foram marcados por Dailon Livramento, Willy Semedo e Stopira.

A vitória consolidou o sucesso de um projeto de desenvolvimento do futebol que começou a ganhar força no início deste século e culminou em uma campanha impressionante. Cabo Verde terminou na liderança do Grupo D, superando potências continentais como Camarões e Angola (seleções que já disputaram o Mundial). A classificação só foi confirmada na 10ª e última rodada e gera uma expectativa adicional: o país tem uma forte e histórica comunidade migratória nos Estados Unidos, que remonta aos séculos XVIII e XIX.

Cabo Verde se tornou independente de Portugal apenas em 1975

A jornada de Cabo Verde rumo ao Mundial de 2026 é notável por vários aspectos. Independente de Portugal apenas em 1975, Cabo Verde é uma nação composta por dez ilhas vulcânicas, com uma população de cerca de 520 mil pessoas. Este número faz da seleção a segunda menos populosa a disputar uma Copa do Mundo na história, atrás apenas da Islândia (2018). Além disso, Cabo Verde será o quarto país de língua portuguesa a participar de um Mundial, juntando-se a Brasil, Portugal e Angola.

A evolução do futebol cabo-verdiano é recente. A seleção só estreou na Copa Africana de Nações (CAN) em 2013, mas mostrou seu potencial chegando às quartas de final. Repetiu o feito em 2023, após ter participado também das edições de 2015 e 2021.

Sob o comando do técnico local Bubista, que assumiu em 2020, o time se destacou por vitórias importantes na reta final das Eliminatórias, como o triunfo de 2 a 1 fora de casa contra Angola e a vitória por 1 a 0 em casa contra Camarões.

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Heróis da classificação

Um fator chave para o sucesso é o movimento de diáspora futebolística. Muitos talentos nascidos no exterior, mas com origem cabo-verdiana, foram atraídos para defender a seleção.

  • Dailon Livramento, atacante de 24 anos que atua em Portugal (emprestado pelo Verona, da Itália), nasceu na Holanda, mas se tornou herói nacional. Ele marcou gols decisivos nos confrontos finais e abriu o placar na partida da classificação.
  • Willy Semedo, outro artilheiro, nasceu na França.
  • O zagueiro Roberto Lopes, conhecido como Pico, nasceu na Irlanda e chegou a defender as seleções de base de seu país natal. Em 2019, uma mensagem no LinkedIn de um recrutador o convenceu a vestir a camisa dos Tubarões Azuis. Pico revelou que a experiência transformou sua carreira e o ajudou a aprender sobre a cultura africana e o idioma português.





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