Bobadilla se desculpa após acusação de xenofobia e São Paulo quer aplicar ‘medidas educativas’

O atleta Miguel Navarro, do Talleres, afirma que o jogador tricolor o chamou de ‘venezuelano morto de fome’ nos últimos minutos da partida que terminou em vitória por 2×1 do time paulista LECO VIANA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Navarro foi ao Juizado Especial


O atleta Miguel Navarro, do Talleres, afirma que o jogador tricolor o chamou de ‘venezuelano morto de fome’ nos últimos minutos da partida que terminou em vitória por 2×1 do time paulista

LECO VIANA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Navarro foi ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) do MorumBis para registro de ocorrência

O meio-campista paraguaio Damián Bobadilla, do São Paulo, se pronunciou nesta quarta-feira (18) após ser acusado de xenofobia na partida contra o Talleres, pela Copa Libertadores, nesta terça. O atleta Miguel Navarro afirma que o jogador tricolor o chamou de “venezuelano morto de fome”. “Foi um jogo muito quente, um clima tenso durante todo o jogo. Depois do nosso segundo gol, tive uma troca de palavras com o jogador do Talleres onde fui ofendido primeiro, ele também me tratou com desprezo”, justificou Bobadilla, em vídeo publicado nos stories da sua conta no Instagram. “Nunca tive a intenção de discriminar ninguém, mas durante aquele momento quente acabei reagindo mal. Queria me desculpar publicamente e pedirei desculpa se encontrá-lo pessoalmente. Desculpas e abraço a todos”, completou.

O São Paulo também se pronunciou sobre o tema nesta quarta. “O Clube permanece à disposição das autoridades e das entidades esportivas para quaisquer esclarecimentos adicionais e reforça seu compromisso contínuo com a promoção de um ambiente esportivo pautado pelo respeito mútuo e pela dignidade humana”, escreveu o São Paulo. “Em relação ao nosso atleta Bobadilla, que, ao longo de sua carreira, não apresentou histórico de conduta disciplinar negativa – ao contrário, sempre pautou sua trajetória pelo profissionalismo – entendemos ser fundamental que o Clube ofereça suporte institucional. O Clube providenciará que ele seja devidamente orientado por meio de medidas educativas que serão conduzidas pela área de compliance”, concluiu.

O Caso Bobadilla

Nos momentos finais do segundo tempo da partida desta terça-feira – vencida por 2 a 1 pelo São Paulo -, uma confusão foi iniciada, com jogadores se manifestando em tom de cobrança contra Bobadilla. Navarro tentou deixar o campo, mas foi impedido pelo árbitro chileno Piero Maza. O jogador, que chorava, permaneceu no campo até o fim da partida. Ao sair, concedeu entrevista para a transmissão de TV, mas foi sucinto. “Não quero falar, ele sabe o que disse. Foi com Bobadilla. Não quero falar do jogo”, disse. Depois, na zona mista, Navarro confirmou que o paraguaio o chamou de “venezuelano morto de fome”. Ele fez boletim de ocorrência contra o são-paulino.

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Navarro foi ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) do MorumBis para registro de ocorrência. Policiais militares chegaram a ir ao vestiário do São Paulo em busca de Bobadilla, mas o volante já havia deixado o estádio. A Conmebol abriu processo disciplinar e pode punir o atleta com suspensão. A penalidade está prevista no artigo 15 do regulamento da Conmebol. O São Paulo, por sua vez, já havia se manifestado anteriormente à Conmebol, solicitando um endurecimento nas punições relacionadas a atos de discriminação. O clube propôs que, em casos de reincidência, as sanções incluíssem perda de pontos, multas e até a eliminação de competições.

*Reportagem produzida com auxílio de IA e Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias





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