Upload chega ao fim na 4ª temporada; episódios dividem opiniões da crítica

A quarta temporada de Upload chegou ao Prime Video nesta segunda-feira (25) para encerrar a peculiar história de comédia romântica de ficção científica. Com apenas quatro episódios, todos disponibilizados de uma só vez, o final terá a difícil tarefa de


A quarta temporada de Upload chegou ao Prime Video nesta segunda-feira (25) para encerrar a peculiar história de comédia romântica de ficção científica. Com apenas quatro episódios, todos disponibilizados de uma só vez, o final terá a difícil tarefa de amarrar as pontas soltas após os intensos ganchos das temporadas anteriores.

Os espectadores podem esperar um enredo onde uma inteligência artificial senciente se torna maligna, ameaçando não apenas o mundo virtual de Lakeview, mas a própria humanidade. Em meio a executivos gananciosos, mistérios pendentes e dramas românticos no mundo real e virtual, os personagens são testados como nunca antes, precisando se unir para evitar a deleção de tudo.

A série, criada por Greg Daniels, é ambientada em um futuro tecnologicamente avançado onde a consciência pode ser “uploaded” para um além-vida digital. Os personagens principais incluem Nathan (Robbie Amell), um programador cuja consciência foi enviada para o digital após sua morte, e Nora (Andy Allo), sua “anjo”, ou seja, sua handler no mundo real.

Apesar de ter feito posts nas redes sociais, o Prime Video Brasil não deu um grande destaque para o final de Upload em seu catálogo, tanto é que nem compartilhou o trailer legendado em português da quarta temporada em seu canal no YouTube.

As opiniões da crítica, no entanto, mostram uma divisão clara sobre a qualidade do final de Upload.

No Rotten Tomatoes, a temporada conta com apenas nove avaliações até a publicação deste texto, com 78% de aprovação. Vale dizer que a partir daqui as opiniões dos críticos dão alguns spoilers sobre o desfecho.

A crítica do Screen Rant, por Grant Hermanns, avalia a temporada final como “em sua maioria sólida”, apesar de admitir que algumas narrativas parecem um pouco apressadas. O jornalista ficou “agradavelmente surpreso” com a forma como a temporada conseguiu equilibrar a introdução de novos arcos com o encerramento da série, mesmo com o formato de apenas quatro episódios. Para ele, os novos mistérios e arcos foram “perfeitos” para uma temporada final.

A trama do casamento e lua de mel de Ingrid (Allegra Edwards) e o outro Nathan (Robbie Amell) foi vista como uma conclusão divertida para seus conflitos e um destaque para o crescimento emocional de Ingrid. A forma como a série abordou o luto de Nora (Andy Allo) pela morte do Nathan “baixado” foi um “belo toque”, que exemplificou a profundidade do amor do casal.

A escalada da guerra de inteligência artificial também foi considerada uma “continuação apropriada” do comportamento obscuro da empresa Horizen na quarta temporada de Upload. No entanto, a trama de Aleesha (Zainab Johnson), embora visasse envolvê-la mais na derrubada da Horizen, pareceu “um pouco apertada” e apressada, especialmente sua transformação em uma heroína de ação.

O final do arco de Luke (Kevin Bigley) foi um “pequeno entrave”, pois sua decisão, apesar de ser um clímax para seu crescimento, surgiu de repente e não recebeu o tratamento adequado. Apesar dessas ressalvas, o crítico foi “levado às lágrimas” pela narrativa de Nora e Nathan. As atuações do elenco foram elogiadas, com Robbie Amell trazendo charme aos dois Nathans e Andy Allo tornando a dor de Nora “ainda mais potente”. Lee Majdoub, como o novo executivo Jitendra Baskar, foi um “vilão que rouba a cena” e que mereceria ter sido introduzido mais cedo.

Cena da temporada final de Upload

Cena da quarta temporada de Upload

(Foto: Divulgação/Prime Video)

Por outro lado…

Já a perspectiva do Collider, escrita por Therese Lacson, é mais crítica, afirmando que a quarta temporada de Upload no Prime Video “não acerta o alvo em seus momentos finais” e falha em entregar um encerramento satisfatório, especialmente para seus personagens mais queridos. O Collider aponta que a temporada perdeu o “comentário afiado” e as “novas ideias” que caracterizavam as temporadas anteriores, abandonando algumas de suas melhores piadas sobre tecnologia, vigilância e capitalismo.

A série teria lutado para equilibrar drama/romance com os elementos fantásticos, e a mudança de foco para conflitos pessoais expôs falhas na escrita dramática, sem o aspecto satírico único da série. A temporada foi considerada “muito dispersa” e não dedicou tempo suficiente a Nathan (Robbie Amell) e Nora (Andy Allo) juntos.

A introdução de um segundo Nathan criou mais um problema para Nora resolver, em vez de focar na resolução do conflito com a Horizen. A trama de Ingrid (Allegra Edwards) e o “outro Nathan” foi descrita como “doce”, mas empalideceu em comparação com a química de Nathan e Nora. A protagonista Nora teve menos tempo de tela do que o ideal, com grande parte da atenção dividida entre o outro Nathan, Luke (Kevin Bigley), Ingrid e até mesmo o novo colega de quarto Ivan (Josh Banday).

A história de Aleesha (Zainab Johnson), apesar do aumento de tempo de tela, “desmoronou” com um “final bizarramente irrealista”. A trama de Nathan e Nora, além de existirem em grande parte fora do enredo principal, se tornou “emocionalmente pesada, mas não impactante”, e a série pareceu “ter esquecido” que Nathan era um programador talentoso.

O final de Upload é “decepcionante” e “agridoce”, retornando os personagens a uma espécie de status quo inicial. A crítica também ressalta que o fato das duas mulheres negras do elenco terem um final romântico insatisfatório deixou um “gosto ainda mais amargo”. Em relação à tecnologia, a série optou por um “final de conto de fadas” sem uma grande mensagem ou lição.

Apesar de cada episódio ter uma hora, o tempo não foi bem utilizado, com muito e pouco tempo dedicado ao novo vilão de inteligência artificial. No entanto, as atuações do elenco são apontadas como um ponto positivo, salvando a temporada.



Conteúdo Original

2025-08-25 21:10:00

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