Thunderbolts* é o começo da remontada da Marvel; leia a crítica

Thunderbolts*, que estreia nesta quinta-feira (1º), marca o início da tentativa de remontada da Marvel nos cinemas. Depois de atingir o ápice com Vingadores: Ultimato (2019), o estúdio enfrentou críticas duras. O excesso de produções, muitas delas com qualidade abaixo do esperado, afastou parte do público fiel aos super-heróis.

Agora, o estúdio aposta suas fichas em uma nova fase, que deve ter seu auge com Vingadores: Doomsday. O retorno de Robert Downey Jr., aliado a um grande crossover de personagens, pode colocar a Marvel novamente no patamar que ocupou durante a chamada Saga do Infinito. E Thunderbolts* é o primeiro passo nesse novo caminho.

Na trama, recrutados pela misteriosa Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus), um grupo de anti-heróis e vilões reformados recebe uma missão secreta e altamente arriscada. A equipe é formada por Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes (Sebastian Stan), Agente Americano (Wyatt Russell), Fantasma (Hannah John-Kamen), Guardião Vermelho (David Harbour) e Treinador (Olga Kurylenko).

Forçados a trabalhar juntos, eles precisam superar suas diferenças e encarar um inimigo inesperado que ameaça a estabilidade global. No entanto, alianças frágeis e traições internas colocam o sucesso da missão — e suas próprias vidas — em risco.

Thunderbolts* foge do básico

O filme reúne personagens que surgiram como coadjuvantes em produções recentes do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). Apesar das críticas, a Marvel acertou ao introduzir essas figuras pouco a pouco, criando uma conexão com o público. Em vez de filmes solos, como aconteceu com os Vingadores originais, esses novos heróis (e anti-heróis) ganharam espaço em histórias paralelas, o que traz uma dinâmica diferente para a equipe.

Além de expandir o universo dos heróis, a Marvel também saiu do básico e apostou em um tema mais sensível: a saúde mental. Thunderbolts* carrega uma mensagem forte sobre traumas, culpa e recomeços, o que aproxima ainda mais o público dos protagonistas. Ao humanizar personagens que poderiam ser apenas “anti-heróis problemáticos”, o estúdio cria uma conexão emocional rara nos filmes do gênero.

Thunderbolts* oferece um panorama geral do momento atual do universo Marvel. O filme aposta no carisma do elenco e na força do conjunto para reacender a paixão dos fãs. Se o público abraçar esse grupo atípico, como fez com os primeiros Vingadores, a Marvel pode encontrar novamente o caminho do sucesso.