Por que você paga por um festival na Europa, mas não vai a um em Belém?

Carregando player de áudio A cantora Luedji Luna Imagem: Rafael Strabelli/Divulgação Acabei de voltar de Belém, do Festival Psica. Três dias imerso na Pan-Amazônia musical que me fizeram questionar por que muita gente ainda acha que grandes eventos só acontecem


Acabei de voltar de Belém, do Festival Psica. Três dias imerso na Pan-Amazônia musical que me fizeram questionar por que muita gente ainda acha que grandes eventos só acontecem no Rio de Janeiro e em São Paulo, no máximo em Salvador.

Vi o Wanderley Andrade sacudindo o Mangueirão com um show antológico, que acabou com ele em cima de um banheiro químico, para loucura de um estádio inteiro. Assisti Dona Onete encantar todo mundo, num show digno de headliner aos seus 86 anos. Dancei com o Fruto Tropical e Carol Lyne, e me emocionei com Luedji Luna abrindo o festival de graça no Centro Histórico, em um show que foi pura celebração não só da vida, mas também da morte, como nos ensina o candomblé. E ali, no meio de 50 atrações que celebravam tudo que pulsa na Amazônia e no Brasil, com Mano Brown, Martinho de Vila, Jorge Aragão e Marina Sena fazendo as honras do “pop nacional” percebi uma coisa que a gente insiste em esquecer: o Brasil acontece de verdade quando acontece longe do eixo.

E não é só o Psica. O Afropunk sacudiu Salvador reunindo 63 mil pessoas em seu final de semana. O Planeta Atlântida junta 80 mil gaúchos no litoral todo verão movimentando mais de R$ 130 milhões na economia local. O Bananada anuncia sua volta para 2026 em Goiânia depois de anos parado, provando que festival independente resiste.



Conteúdo Original

2025-12-16 15:10:00

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