os Superman que não decolaram

Albert Pyum, uma espécie de “faz-tudo” da Cannon e diretor de “Capitão América” (o de 1990), assumiria a direção em uma trama que traria a morte e a ressurreição do Superman pelas mãos do vilão Brainiac. A volta do herói ocorreria na cidade engarrafada de Kandor, relíquia que sobreviveu à explosão de Krypton, habitada por um recorte da sociedade de um planeta morto. Houve uma leitura do roteiro, mas Reeve estava desgostoso em retomar mais uma vez o herói após dois fiascos consecutivos. O projeto foi, por fim, abandonado.

Destino semelhante teve a continuação de “Superman – O Retorno”, de Bryan Singer. Em 2006, o diretor trouxe a volta do herói em uma verdadeira carta de amor ao filme original de Richard Donner, com Brandon Routh no papel do Homem de Aço. A homenagem transbordava coração, mas derrapava em ação – não havia nada muito “super” para o herói fazer.

Ainda antes do lançamento, Singer prometeu que a continuação teria um clima de “Star Trek – A Ira de Khan”, trazendo um vilão ligado à herança do Homem de Aço – supostamente o supercomputador vivo Brainiac (de novo) e aumentando o volume na ação. Os US$ 391 milhões que “Superman – O Retorno” faturou, contudo, não animaram o estúdio. O projeto, por fim, foi abandonado.

Henry Cavill, por sua vez, completou uma “trilogia” como Superman em “O Homem de Aço”, “Batman v Superman” e “liga da Justiça”, mas a visão sombria do diretor Zack Snyder enterrou o entusiasmo para que ele completasse sua saga. Ainda assim, o estúdio deu a Christopher McQuarrie (de “Missão: Impossível – O Acerto Final”) a missão (heh) de escrever “O Homem de Aço 2”.

Ele mapeou a história, que colocaria o herói ao lado do Lanterna Verde, emoldurando a trama com uma sequência silenciosa que contaria toda a trajetória do Superman e o que o impele em sua missão (heh) em ajudar o próximo. McQuarrie chegou a ser contatado novamente após a ponta de Cavill como o herói em “Adão Negro”. A essa altura, porém, ficou decidido que James Gunn começaria a DC no cinema de novo. O projeto, por fim, foi abandonado.

Superman reborn

No começo dos anos 1990, a Warner readquiriu os direitos do Superman de Alexander e Ilya Salkind e, aproveitando a mídia em torno da série de quadrinhos “A Morte do Superman”, acelerou um novo filme com o produtor Jon Peters. Com o megasucesso “Batman” no bolso, Peters encomendou em 1995 um roteiro que trazia Lois Lane e Clark Kent em um relacionamento conturbado, interrompido pela batalha do Superman com o monstruoso Apocalypse.