O terror que move o cinema

Foi assim que o terror virou laboratório. Roger Corman, o “rei dos filmes B”, criou uma verdadeira fábrica de talentos fazendo filmes de terror com orçamentos minúsculos. Dali saíram Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Jack Nicholson, Robert De Niro, James


Foi assim que o terror virou laboratório. Roger Corman, o “rei dos filmes B”, criou uma verdadeira fábrica de talentos fazendo filmes de terror com orçamentos minúsculos. Dali saíram Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Jack Nicholson, Robert De Niro, James Cameron. Gente que moldou Hollywood porque aprendeu a fazer cinema sem grana, mas com muita criatividade e paixão que movem as pessoas.

No Brasil, José Mojica Marins fez o mesmo com o Zé do Caixão. Vendeu os móveis de casa para fazer “À Meia-Noite Levarei Sua Alma” em 1964, criando não só o primeiro filme de terror brasileiro, mas um ícone que até hoje assombra e inspira o mundo inteiro. Mojica provou que terror brasileiro não precisava copiar ninguém – podia falar da nossa própria escuridão, dos nossos próprios demônios.

E por que a gente tem essa fascinação com o medo?

A ciência explica: quando assistimos a um filme de terror, nosso corpo libera adrenalina e dopamina. É como se fizéssemos um exercício emocional, treinando nossa mente para lidar com situações de estresse de forma segura. Depois do susto vem o alívio, e aí o cérebro libera endorfinas – os famosos hormônios da felicidade.

Estudos mostram que pessoas que assistem filmes de terror regularmente são mais resilientes em momentos de crise. Durante a pandemia, os fãs do gênero apresentaram níveis mais equilibrados de saúde mental. É como se o terror fosse uma vacina emocional, nos preparando para enfrentar os medos reais da vida.

Mas no Brasil, ainda tratamos o terror como primo pobre do cinema. Existem poucos investimentos e as produções tem de ser feitas na raça pelas dezenas de realizadores incríveis que existem no país.



Conteúdo Original

2025-09-02 21:20:00

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