Na sequência, Miranda Priestly (Streep) se depara com a perda de centralidade do impresso e a necessidade de reposicionar sua influência em um novo sistema de valores. Sua antiga assistente, Emily Charlton (Blunt), agora executiva bem-sucedida, representa a nova geração que traduz capital cultural em relevância, um tipo de poder menos vertical, mas igualmente exigente. O filme, dirigido novamente por David Frankel, propõe um encontro entre a tradição e o tempo presente, entre o domínio técnico e o olhar curatorial.
A Miranda sempre encarnou o luxo em sua forma institucional, a excelência que dita, o olhar que avalia, o silêncio que impõe respeito. Hoje, o luxo permanece hierárquico e seletivo, mas sua força está alinhada a outro eixo. O poder não é mais um gesto autoritário, é o resultado da coerência e do repertório.”
O filme traduz o mesmo processo de evolução que muitas maisons atravessam. As marcas de luxo não abandonam seus códigos, elas os refinam. A escassez, a herança e a atenção obsessiva aos detalhes continuam sendo pilares. A diferença é que, hoje, esses elementos se expressam através da experiência, da curadoria e da narrativa. O luxo contemporâneo é, sobretudo, a arte de permanecer essencial quando tudo ao redor se torna efêmero.
Com estreia prevista para maio de 2026, O Diabo Veste Prada 2 promete revisitar não apenas o universo da moda, mas o próprio conceito de influência.
2025-11-21 12:24:00



