O final explicado do episódio especial sobre a Morte

A segunda temporada de Sandman na Netflix trouxe um final significativo para o arco do Sonho, Morfeu (Tom Sturridge), com a introdução de uma nova era para o Sonhar. No entanto, um episódio especial bônus, intitulado “Morte: o alto preço


A segunda temporada de Sandman na Netflix trouxe um final significativo para o arco do Sonho, Morfeu (Tom Sturridge), com a introdução de uma nova era para o Sonhar. No entanto, um episódio especial bônus, intitulado “Morte: o alto preço da vida”, lançado separadamente nesta quinta-feira (31), desviou o foco para a irmã de Morfeu, a Morte (Kirby Howell-Baptiste), explorando sua perspectiva única sobre a vida mortal.

A cada cem anos, a Morte, que é um dos Perpétuos, tem a permissão de tirar um dia de folga para viver como uma humana, sob o disfarce de Didi. O propósito dessa jornada é aprofundar sua compreensão da vida mortal e fortalecer sua empatia para com aqueles que ela encontra em seu trabalho.

Allan Heinberg, showrunner, roteirista e produtor executivo da série, explicou que a mensagem central é que “não importa quanto tempo você esteja aqui, aproveite ao máximo”. Kirby Howell-Baptiste, a atriz que interpreta a Morte, considerou uma honra apresentar um episódio focado na “alegria e beleza da vida” em um período sombrio para muitos. Ela afirmou que o ponto da morte é “aproveitar a vida”.

Nesse dia especial, a Morte encontra Sexton Furnival, um jovem jornalista desiludido que contempla o suicídio, frustrado com o estado do mundo e a ineficácia de seus artigos sobre questões ambientais.

Um acidente em um ferro-velho, onde Sexton fica preso, é o momento em que a Morte aparece, não para cumprir seu dever, mas para ajudá-lo em seu dia de folga. Apesar de sua identidade ser eventualmente revelada, Sexton, inicialmente cético, torna-se seu improvável companheiro.

Kirby Howell-Baptiste como Morte e Colin Morgan como Sexton Furnival em Sandman

Kirby Howell-Baptiste como Morte e Colin Morgan como Sexton Furnival

Foto: Divulgação/Netflix

A Morte humana

Ao longo do dia, a Morte opta por experiências simples, revelando a beleza no cotidiano. Ela desfruta de refeições gratuitas, passeios de táxi e até uma noite em uma boate, onde Billie e Amelia, amigas de Sexton, estão presentes.

Howell-Baptiste descreveu a cena da boate como particularmente emocionante de filmar, sentindo que o diretor Jamie Childs criou uma visão que permite ao público sentir a mesma excitação que a Morte sente. Ela comentou que há “tanta alegria na minúcia da vida”.

A jornada é interrompida quando Theo, o promotor do clube, reconhece a verdadeira natureza da Morte e a invoca usando um ritual, roubando seu Ankh na tentativa de ressuscitar sua falecida namorada, Natalie. A Morte explica que o Ankh não funcionaria da maneira que ele esperava. Theo, desesperado e atormentado pela culpa da overdose de Natalie, tenta tirar a própria vida, mas é impedido, em parte, pela intervenção de Sexton.

A Morte, por sua vez, não busca vingança, demonstrando respeito pela complexidade humana e lamentando ter arrastado Sexton para a situação. Howell-Baptiste observou que essa experiência ensina à Morte que, embora ela não possa ser ferida, suas ações podem ter consequências para os outros, levando os Perpétuos a “crescer e entender que suas ações têm consequências”.

A experiência com a Morte transforma Sexton

Ele aprende a valorizar a vida sem expectativas e encontra um novo propósito. A conversa com Jackie, uma amiga que superou sua própria desesperança, reforça a ideia de que a dor é universal, mas também a capacidade de cura. Sexton, que havia preparado uma nota de suicídio para sua ex-namorada, Sylvie, decide apagá-la, escolhendo dar uma segunda chance à vida.

No final do episódio, a Morte cumpre uma promessa a Mad Hettie, comprando um medalhão que, para Hettie, representa sua alma perdida há muito tempo, sua filha Cordelia. A própria Morte, em sua forma mortal, colapsa e “morre” ao final de seu dia.

Em um plano etéreo, sua forma mortal conversa com sua forma Perpétua, questionando se o dia valeu a pena. A Morte imortal responde que a impermanência é o que dá valor à vida. Kirby Howell-Baptiste explicou que a Morte entende a razão pela qual as pessoas sentem medo e não estão prontas para partir, pois “ela sabe exatamente como é amar a vida”. Essa compreensão cria uma empatia ainda maior pelos mortais.

Morpheus, também conhecido como Sonho (Tom Sturridge), na segunda temporada de SandmanMorpheus, também conhecido como Sonho (Tom Sturridge), na segunda temporada de Sandman

Sonho (Tom Sturridge)

Divulgação/Netflix

Sandman não vai ter 3ª temporada

Apesar do encerramento emocional e das novas direções sugeridas para o Sonhar e seus Perpétuos, Sandman não terá uma terceira temporada. O showrunner Allan Heinberg revelou que a segunda temporada foi projetada para ser a última, pois a Netflix cancelou a série.

Embora Heinberg expressasse o desejo de continuar a história de Daniel Hall (Jacob Anderson) como o novo Sonho e explorar outros personagens como Lucienne (Vivienne Acheampong) e Johanna Constantine (Jenna Coleman), ele reconheceu que o apelo de Sandman é “mais limitado” e não atingiu os números de audiência de outras grandes produções da plataforma.



Conteúdo Original

2025-07-31 21:21:00

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