Jared Leto entra no mundo belíssimo e superficial de ‘Tron: Ares’

Talvez o diretor Joachim Rønning (“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, “Malévola: Dona do Mal”) não fosse a melhor escolha para conduzir um novo “Tron”. Seus filmes invariavelmente sugerem um escopo que fatalmente nunca se concretizam. Com o desenvolvimento


Talvez o diretor Joachim Rønning (“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, “Malévola: Dona do Mal”) não fosse a melhor escolha para conduzir um novo “Tron”. Seus filmes invariavelmente sugerem um escopo que fatalmente nunca se concretizam. Com o desenvolvimento de “Ares” emperrado por anos, contudo, o estúdio achou por bem colocar o projeto nas mãos de um operário e dar continuidade à marca. São escolhas.

Jared Leto em ‘Tron: Ares’ Imagem: Disney

Ambientado mais de uma década depois dos acontecimentos de “Tron: O Legado”, lançado em 2010, “Ares” começa explicando a rivalidade da Encom, empresa criada anos antes por Kevin Flynn (Jeff Bridges) e hoje presidida por Eve Kim (Greta Lee), com a Dillinger Systems, encabeçada por Julian (Evan Peters), neto de seu criador (David Warner no filme original). A ideia de Julian é militarizar sua tecnologia revolucionária, capaz de materializar soldados e equipamentos digitais para o mundo real – entre eles seu “general”, Ares (Jared Leto).

O problema é que os construtos não se sustentam por mais de meia hora antes de se evaporarem como os resíduos deixados por uma impressora 3D. A solução é descoberta por Eve: um código de permanência escondido no grid original desenhado por Kevin Flynn nos anos 1980. O programa a torna alvo das forças despachadas por Julian – Ares e Athena (Jodie Turner-Smith), uma ambiciosa combatente virtual. A missão azeda, contudo, quando Ares desenvolve consciência e empatia e opta por defender Eve.

A trama de “Tron: Ares” é conduzida da forma mais rasa possível. Personagens entram e saem do mundo digital para o real sem muita cerimônia. Uma única cena – um hacking mostrado no grid como uma verdadeira invasão de forças antagônicas – é um dos poucos respiros criativos do filme. A conexão com seus predecessores é tênue – a volta de Jeff Bridges como Kevin Flynn é protocolar e não acrescenta muito além do óbvio fator nostalgia. A trilha do Nine Inch Nails é joia, mas pode ser saboreada à parte.

Jeff Bridges volta ao grid em 'Tron: Ares'
Jeff Bridges volta ao grid em ‘Tron: Ares’ Imagem: Disney



Conteúdo Original

2025-10-10 14:05:00

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