James Gunn fala sobre expectativas, infância e o novo ‘Superman’

O sucesso artístico e comercial revelou a sensibilidade de James Gunn para entender como personagens fantásticos pdiam criar um laço emocional com a plateia – sem perder seu espírito independente mesmo em uma superprodução milionária. Um segundo “Guardiões da Galáxia”


O sucesso artístico e comercial revelou a sensibilidade de James Gunn para entender como personagens fantásticos pdiam criar um laço emocional com a plateia – sem perder seu espírito independente mesmo em uma superprodução milionária. Um segundo “Guardiões da Galáxia” solidificou sua reputação, na mesma época em que um ativista político, incomodado com as críticas de Gunn ao então presidente Donald Trump, desencavou tweets de humor duvidoso que ele havia escrito uma década antes – e pelos quais já havia se desculpado.

O estrago estava feito e a Disney o dispensou quando ele começava os trabalhos no terceiro filme com os heróis espaciais liderados por Chris Pratt. Embora a pressão de fãs e também de seus pares fez a empresa reverter sua decisão, Gunn pulou o muro e dirigiu o excelente “O Esquadrão Suicida” para a concorrência. Com a DC em busca de fugir da herança sombria e criativamente inerte dos filmes de Zack Snyder, Gunn se mostrou a pessoa óbvia para assumir o barco.

Uma vez terminadas suas obrigações com “Guardões da Galáxia Vol. 3” – aventura, diga-se, acelerada e muito emocionante -, James Gunn assumiu a posição de CEO do recém-formado DC Studios, trabalho que divide com o parceiro Peter Safran, e passou a arrumar a casa. Ele dirigiu a série “O Pacificador” e a animação “Creature Commandos” antes de retornar ao cinema com “Superman”, que dispara um novo universo, em suas próprias palavras, de “deuses e monstros”. Foi nesse clima, às vésperas do retorno do Homem de Aço, que batemos o papo que você acompanha agora.

James Gunn e David Corenswet no set de ‘Superman’ Imagem: Warner

Você trabalhou com personagens menos conhecidos, como os Guardiões da Galáxia e o Pacificador, e os transformou em celebridades. Sua abordagem ao colocar as mãos no Superman foi muito diferente?
Incrivelmente diferente em alguns aspectos, em outros não. Obviamente que absolutamente todo mundo tem alguma expectativa sobre o que eles acham que “Superman” deve ser. São expectativas que não existiam, por exemplo, quando fiz “Guardiões”, onde ninguém sugeriu uma “maneira certa” de fazer. Na verdade eu senti essa pressão muito mais no segundo “Guardiões” porque o sucesso do primeiro fez com que as pessoas esperassem algo do filme. No fim é a mesma mentalidade porque o trabalho é bolar uma história sobre um indivíduo que precisa ter alguma fundamentação sólida, mas que também se encaixe neste mundo cósmico da Marvel no caso de “Guardiões”, e no caso de “Superman” no universo DC em que metahumanos existem há bastante tempo junto com cachorros voadores, robôs e kaijus. Então, foi a mesma coisa e foi também muito diferente.

Você mencionou todo o ruído que vem com as expectativas. Algumas pessoas queriam algo próximo ao filme de Richard Donner, outras esperavam algo mais sombrio e sinistro como os filmes de Zack Snyder. Foi difícil filtrar todo esse ruído e imprimir sua própria marca?
Só nos estágios intermediários. Quando eu estou nos momentos de criação, seja escrevendo, editando ou dirigindo, eu sou muito bom em deixar rolar, sabe? Vale tudo! É meu superpoder! (risos) Quando eu escrevo, só existe isso e mais nada, não há outras vozes entrando – nem mesmo a minha. Só deixo as ideias fluirem. Daí entram os estágios intermediários onde eu questiono tudo. “Ai, Deus, eu acertei aqui, eu errei ali? Isso deveria ser diferente? O que é isso?” E isso pode ser um saco. O jeito que meu cérebro absorve as coisas quando eu não estou criando pode ser irritante”Mas quando eu estou no processo, sou bem equilibrado.



Conteúdo Original

2025-07-09 05:30:00

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