IA no cinema: Filme de 1994 pode ser o modelo para tal tendência

Forrest Gump (1994) surpreendeu o público ao colocar seu protagonista em cenas ao lado de figuras históricas como John Lennon (1940-1980), Elvis Presley (1935-1977) e ex-presidentes dos Estados Unidos. Na época, a façanha foi possível graças a uma combinação de


Forrest Gump (1994) surpreendeu o público ao colocar seu protagonista em cenas ao lado de figuras históricas como John Lennon (1940-1980), Elvis Presley (1935-1977) e ex-presidentes dos Estados Unidos. Na época, a façanha foi possível graças a uma combinação de efeitos visuais, montagem digital e vozes manipuladas. Agora, 30 anos depois, a inteligência artificial começa a trilhar um caminho semelhante — mas ainda mais ousado.

O uso de IA na produção cinematográfica já não se limita a ajustes ou retoques. Nesta nova fase, o algoritmo assume o papel de roteirista, diretor e artista visual. A Runway AI, uma das empresas líderes nesse movimento, fechou uma parceria com a IMAX para exibir dez curtas finalistas do AI Film Festival em salas de cinema nos Estados Unidos, entre os dias 17 e 20 de agosto.

Selecionados entre mais de 6 mil inscrições, os filmes têm entre dois e dez minutos e abordam temas variados. Entre os destaques estão More Tears Than Harm, um retrato poético da infância em Madagascar, e Jailbird, que mistura documentário e fábula para contar a história de uma galinha em um programa de reabilitação prisional no Reino Unido.

Segundo Cristóbal Valenzuela, CEO da Runway, o festival marca o início de uma “nova era criativa”, em que a tecnologia amplia os limites da imaginação humana. Mas nem todos estão entusiasmados com a ideia.

Nas redes sociais e fóruns de cinema, a iniciativa foi alvo de críticas. Muitos espectadores temem que a popularização da IA acabe substituindo artistas humanos e enfraqueça o valor emocional do cinema tradicional.

Forrest Gump vs. IA

O debate sobre criatividade, autenticidade e tecnologia segue aceso. Assim como Forrest Gump atravessou décadas de história com a ajuda de efeitos visuais, os filmes gerados por IA talvez sejam apenas mais um capítulo — controverso, mas inevitável — da evolução da sétima arte.

Forrest Gump deve ser o modelo, pois venceu seis prêmios do Oscar: melhor filme, diretor (Robert Zemeckis), ator (Tom Hanks), roteiro adaptado, montagem e efeitos visuais.



Conteúdo Original

2025-08-03 09:00:00

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