Os ataques chamavam atenção pela brutalidade e pela quantidade de mortos. Ataques de leões são relativamente raros: estima-se que, hoje em dia, cerca de 250 pessoas morram anualmente dessa forma —e existem entre 23 e 39 mil exemplares desse animal no mundo. Sozinhos, os comedores de homens de Tsavo mataram pelo menos 10% desse número.
A maioria das vítimas trabalhava na construção de uma ferrovia na região. O irlandês John Henry Patterson era responsável pela obra e estimava que até 135 pessoas tivessem sido mortas pelos leões. No entanto, um estudo feito em 2001 contestou o número, concluindo que provavelmente foram entre 28 e 31 vítimas.
Foi Patterson quem matou os leões. Eles foram mortos em 9 e 29 de dezembro de 1898, após semanas de armadilhas e tocaias. Ao descrever os animais, Patterson destacava sua inteligência: eles driblavam cercas e fogueiras, e raramente atacavam o mesmo lugar duas vezes.
Os comedores de homens de Tsavo foram empalhados e estão em exibição no Museu Field de História Natural, em Chicago. Pesquisadores modernos têm hipóteses para explicar o comportamento aparentemente violento dos animais: alguns dizem que suas presas naturais haviam sido dizimadas por uma doença, fazendo os leões caçarem humanos como alternativa. Outros, ainda, acreditam que eles tinham problemas nos dentes e, por isso, optavam pela carne humana.
Para quem quer leões violentos, no entanto, talvez esse seja o filme errado. Na rede social Letterboxd, especializada em críticas de filmes, muitos ficaram revoltados com a ausência de cenas de ataques de leão:
2025-08-01 06:00:00
