“Este é um filme sobre um homem que tenta descobrir o quanto de honestidade consegue colocar na própria música”, disse Cooper. “‘Nebraska’ sempre me ensina algo novo. É sobre a coragem de olhar pra dentro e lidar com o trauma. E transformar isso em canção.”
O diretor, conhecido pelo filme “Crazy Heart” (2009), sobre um cantor ficcional de música country , contou que resistiu durante anos a convites para filmar biografias de músicos. Só mudou de ideia ao ler o livro “Deliver Me From Nowhere”, de Warren Zanes, que foca nesse pequeno recorte da vida de Springsteen. “Nunca quis fazer um filme que fosse do berço ao túmulo. O recorte de ‘Nebraska’ é íntimo, frágil. Como filmar um homem sozinho num quarto, encarando um gravador de quatro canais? Esse era o desafio”, contou.
“Quando parei de ver Bruce como deus, encontrei o homem”
Jeremy Allen White descreveu a preparação para viver Springsteen como um mergulho no desconhecido. “Comecei de um lugar de puro pavor. Sabia o quanto o Bruce é amado e o quão pessoal é a relação dos fãs com ele. No início, estava obcecado com o lado externo, a voz, os trejeitos, as imagens. Mas precisei tirar o ‘Bruce’ disso por um tempo, pra tentar chegar no homem que existia em 1981 e 1982.”
O ator, que também canta e toca no filme, contou que o ponto de virada veio quando entendeu que a história era menos sobre o mito e mais sobre o processo criativo. “Quando comecei a enxergar Bruce Springsteen como um homem, e não como um deus, encontrei meu caminho.”
2025-11-01 07:00:00



