A estreia acontece após críticas positivas: além do Grande Otelo, o filme foi eleito melhor documentário no Festival do Rio (Prêmio Redentor) e venceu o Júri Popular na Mostra de Tiradentes e o Prêmio do Público na Mostra de São Paulo.
Em comunicado enviado à imprensa, o diretor refletiu sobre a recepção emocionada do público:
`3 Obás de Xangô’ tem tido uma trajetória bonita, tocando as pessoas de maneira profunda. Acredito que isso acontece porque o filme fala de afetos, de amizades desinteressadas – algo que parece raro hoje. É uma obra pessoal, que espelha minha admiração por esses três gigantes, meu amor pela Bahia e meu respeito pelo candomblé.
O documentário resgata a honraria religiosa concedida a Amado, Caymmi e Carybé no Ilê Axé Opô Afonjá, terreiro fundado por Mãe Aninha em 1936. O título de Obá de Xangô, outorgado por Mãe Senhora, reconhecia seu papel como protetores do templo e sua arte como extensão da fé. Para o trio, a cultura baiana – do candomblé às ruas de Salvador – era fonte inesgotável de inspiração.
O filme revela como a literatura de Amado, a música de Caymmi e as artes visuais de Carybé moldaram o imaginário da “baianidade”, celebrando a resistência do povo de axé, a força das mulheres e a relação sagrada com o mar.
2025-08-05 14:25:00