Com “Eleanor the Great”, ela faz uma estreia como cineasta interessada em contar novas histórias e também em fazer um cinema popular, com amplo diálogo com o espectador.

Eu realmente fiquei tão encantada com o roteiro. É tão incomum encontrar, ler um roteiro que parecesse uma ideia tão original, que tivesse esse dispositivo tão convincente, sabe, esse ‘erro’ da Eleanor.
Scarlett Johansson em conversa exclusiva com o Splash em Cannes
Por “erro” da Eleonor, entenda-se que ela, magistralmente interpretada por June Squibb (indicada ao Oscar por “Nebraska”, de Alexander Payne), acaba de perder a melhor amiga de vida, Betsie. Elas moraram juntas por 11 anos na Flórida, depois de ficarem viúvas e, quando Betsie falece, Eleonor volta a morar em Nova York com a filha e o neto em um apartamento confortável, mas pequeno. Ela passa mais tempo sozinha do que na companhia da família, e sua filha a matricula em um coral no clube da comunidade judaica local.
Eleonor então chega, por acaso, no grupo de apoio a sobreviventes do Holocausto e acaba por mentir sobre sua suposta experiência nos campos de concentração, atraindo a atenção da jovem estudante de jornalismo Nina (Erin Kellyman), que quer escrever um artigo sobre a idosa.
Elas se tornam cada vez mais próximas, mas para manter o vínculo, Eleonor vai se embrenhando cada vez mais em suas mentiras e as consequências são, obviamente, catastróficas. Ao mesmo tempo, o luto e a solidão as unem de forma profunda, uma vez que Nina perdeu a mãe há pouco tempo e mal consegue conversar com o pai, um jornalista famoso e sempre ocupado.
2025-05-23 12:00:00