Ana de Armas carrega a duras penas este sub ‘John Wick’

De imediato, faz falta à “Bailarina” a energia caótica do diretor Chad Stahelski, responsável pelos quatro “John Wick”. Com habilidade, ele costurou uma construção de mundo interessantíssima com cenas de ação não só visualmente empolgantes, mas que também faziam todo


De imediato, faz falta à “Bailarina” a energia caótica do diretor Chad Stahelski, responsável pelos quatro “John Wick”. Com habilidade, ele costurou uma construção de mundo interessantíssima com cenas de ação não só visualmente empolgantes, mas que também faziam todo sentido como blocos alinhavando a narrativa.

Em seu lugar, entra em cena Len Wiseman, operário do cinema que ganhou notoriedade ao criar a série “Anjos da Noite” (um micro fenômeno do começo dos anos 2000), não fez feio em “Duro de Matar 4.0” e, depois de tropeçar no remake canhestro de “O Vingador do Futuro”, foi pagar os boletos trabalhando em séries de TV como “Sleepy Hollow” e “The Gifted”. É cineasta competente, mas sem personalidade ou urgência.

Ana de Armas em 'Bailarina'
Ana de Armas em ‘Bailarina’ Imagem: Paris

“Bailarina”, por outro lado, é um projeto que implora por alguma assinatura que o eleve para além do feijão com arroz da ação. Ana de Armas é Eve Macarro, criada para se tornar assassina desde que, quando criança, viu seu pai, ele próprio um assassino profissional, ser eliminado por matadores de uma Guilda rival. Ela se esforça ante a diretora da Ruska Roma (Angelica Huston) até ser graduada.

Em sua primeira missão, contudo, Eve descobre pistas que apontam o caminho para o assassino de seu pai. Disposta a empreender sua vingança, ela começa uma jornada solitária que pode alterar a balança do poder entre grupos de matadores, restando à sua própria casa nenhuma alternativa a não ser enviar seu principal agente para removê-la de cena: John Wick.

Ana de Armas é carisma puro e, mesmo que dificilmente ela seja celebrada como nova musa do gênero, faz o que pode para carregar uma trama que não faz sentido mesmo dentro de um universo tão absurdo. A inclusão de elementos mais reconhecíveis da série “John Wick”, como o hotel Continental e os personagens interpretados por Ian McShane e pelo saudoso Lance Reddick (aqui em seu último filme), ajuda a ancorar o filme em um tabuleiro maior, mas não disfarça a intenção puramente comercial do projeto.



Conteúdo Original

2025-06-06 12:32:00

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