O longa de 2012 acompanha a família de Aggeliki (Chloe Bolota) que, no seu aniversário de 11 anos, se joga da varanda de casa com um sorriso no rosto. Sua família não acredita em suicídio, mas, sim, em acidente e parece conformada com a morte da menina, tentando, de todas as formas, continuar com suas vidas, perfeitamente organizadas.
Em busca de respostas, promotores começam uma investigação para saber se foi, ou não suicídio e quais são os segredos obscuros que essa família, aparentemente perfeita, guarda. O filme também tem Roussinou no elenco, que se empolgou ao saber do sucesso do longa no Brasil. “Fico feliz que tenha causado impacto”.
É raro receber feedback, então saber que ‘Miss Violence’ ainda é discutido 12 anos depois de seu lançamento e está nas plataformas é gratificante. Não muda como faço cinema, mas é bom saber que o que dizemos ressoa.
Alexandros Avranas
Eleni concordou, acrescentando: “Há uma sensibilidade universal. Nunca conheci brasileiros antes, mas me sinto conectada. Acho que compartilhamos as mesmas inquietações”. No Brasil, o filme está disponível no Reserva Imovision.
O diretor é famoso por suas técnicas rigorosas. Em “Miss Violence”, uma cena foi gravada 49 vezes. Em “Síndrome da Apatia” (2023), a atriz Nina Hoss repetiu um monólogo 25 vezes até ficar sem lágrimas. “Não quero naturalismo, quero emoção crua”, justificou.
2025-04-29 06:00:00