Armani deu entrevista sobre planos de sucessão bilionária uma semana antes de morrer
Uma semana antes de morrer, Giorgio Armani falou sobre planos de sucessão de sua marca em entrevista ao jornal inglês “Financial Times”. O estilista, um dos maiores nomes do mundo da moda, morreu nesta quinta-feira (4) aos 91 anos. Ele não tinha filhos.
Criador de um verdadeiro império da moda, o empresário movimentava bilhões de dólares por ano. Em 2024, a receita líquida de sua marca chegou a € 2,3 bilhões (14,6 bilhões de reais). Armani era o único acionista da empresa que fundou com seu falecido sócio Sergio Galeotti em 1975.
“Meus planos de sucessão consistem em uma transição gradual das responsabilidades que sempre assumi para aqueles mais próximos de mim”, falou à publicação.
Na entrevista, Armani mencionou possíveis sucessores: membros da família (sem especificar os nomes) e o estilista Leo Dell’Orco, seu companheiro e chefe de design masculino da marca.
Apesar de os membros da família envolvidos na administração do legado não terem sido citados, uma reportagem de 2023 da agência Reuters indica os nomes mais prováveis.
A Reuters descobriu documentos que mostravam que a sucessão de Armani estava sendo preparada para incluir sua irmã, Rosanna, além de três outros membros da família: duas sobrinhas, Silvana e Roberta, e um sobrinho, Andrea Camerana. Eles já trabalham nas empresas e na fundação de Armani.
“Gostaria que a sucessão fosse orgânica e não um momento de ruptura”, comentou na entrevista publicada uma semana antes de sua morte.
“Criei um estilo de vida que eu definiria como um mundo de sofisticação natural, no qual nada é exagerado, mas tudo encontra um equilíbrio que, embora sussurrado, é rico em personalidade”, disse.
Um dos estilistas mais antigos do mundo, que ainda estava em atividade, Armani pensava em uma transição gradual nas suas empresas, deixando-as aos cuidados de pessoas próximas a ele.
Giorgio Armani morre aos 91 anos
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O estilista é conhecido por sua participação em todos os processos de suas marcas. “Minha maior fraqueza é que estou no controle de tudo”, disse o estilista.
Armani comentou na entrevista que, aos 91 anos, ainda supervisionava toda a direção criativa da marca. “Não sei se usaria a palavra workaholic, mas o trabalho duro é certamente essencial para o sucesso”, disse.
O estilista, que consolidou seu nome na história mundial da moda, também revelou frustrações:
“Meu único arrependimento na vida foi passar muitas horas trabalhando e pouco tempo com amigos e familiares.”
Giorgio Armani
Sarah Meyssonnier/Reuters
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