Reag, alvo da PF e listada na bolsa, tem queda de 17,5% nas ações após operação contra o PCC

PF faz megaoperação para combater envolvimento do crime organizado no setor de combustíveis Com sede na Avenida Faria Lima, coração financeiro de São Paulo, a Reag foi alvo de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal na manhã desta




PF faz megaoperação para combater envolvimento do crime organizado no setor de combustíveis
Com sede na Avenida Faria Lima, coração financeiro de São Paulo, a Reag foi alvo de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (28), em uma investigação sobre suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Listada na B3 sob o ticker REAG3, a gestora vê suas ações despencarem 17,5% no pregão, por volta das 11h, refletindo a reação imediata dos investidores à operação.
Em fato relevante publicado nesta manhã, a gestora confirma que é alvo da operação da PF. “Trata-se de procedimento investigativo em curso.”
Fundada em 2012, a Reag Investimentos é um a maior gestora independente do Brasil, sem ter relação com bancos, tendo R$ 299 bilhões sob gestão de pessoas físicas, empresas, fundos de pensão e investidores institucionais. Além disso, a empresa se destaca por ser a primeira de Wealth Management listada na B3.
A gestora é controlada pela Reag Capital Holding S/A, que também controla outra holding independente alvo da operação, a CiabraSF (ADMF3).
“As companhias manterão seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos objeto deste fato relevante”, diz o comunicado enviado ao mercado.
Entenda a operação da PF
A megaoperação tem o objetivo de desarticular o esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis e já é considerada a maior da história do Brasil contra o crime organizado.
As autoridades levaram em conta a cooperação das polícias dos estados e a amplitude da megaoperação. A força-tarefa nacional conta com cerca de 1.400 agentes, que cumprem mandados de busca, apreensão e prisão em oito estados.
A megaoperação Carbono Oculto é a junção de três operações e acontece em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O grupo sonegou mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais, segundo autoridades da Fazenda de SP.
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As irregularidades foram identificadas em diversas etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis no país. O esquema tem lesado não apenas os consumidores que abastecem seus veículos no Brasil, mas toda uma cadeia econômica ligada aos combustíveis.
O PCC agia na importação irregular de produtos químicos para adulterar os combustíveis. Os investigadores identificaram mais de 300 postos de combustíveis que atuam nessas fraudes. Já o setor estima um impacto maior, em cerca de 30% dos postos em todo o estado de São Paulo, em torno de 2.500 estabelecimentos.
*Matéria em atualização
Reag Belas Artes
Reprodução/Google
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