69,8% dos brasileiros com 60 anos ou mais usam a internet, segundo dados da Pnad Contínua divulgados hoje pelo IBGE
O número de pessoas que vivem sozinhas no Brasil está crescendo. Os domicílios unipessoais, aqueles com apenas um morador, passaram de 12,2% em 2012 para 18,6% em 2024, um aumento de 6,4 pontos percentuais em 12 anos.
O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As famílias nucleares continuam sendo maioria, representando 65,7% dos lares em 2024. Mas a participação caiu 4 p.p. no mesmo período.
Distribuição dos domicílios por tipo
Arte/g1
Dois fenômenos explicam o aumento das moradias unipessoais: os fluxos migratórios e o envelhecimento da população.
Grande parte dessas moradias está em regiões que concentram forte fluxo de chegada de pessoas em busca de melhores oportunidades de trabalho, avalia William Kratochwill, analista da pesquisa PNAD Contínua.
“Muitos saem de casa ainda jovens, deixando a família para buscar melhores condições em outros estados.”
Os dados da PNAD também revelam que 40,5% das pessoas que viviam sozinhas em 2024 tinham 60 anos ou mais. A maioria desses idosos também vivia em regiões de grande fluxo migratório.
O Sudeste lidera, com 19,6% dos domicílios compostos apenas por pessoas idosas, seguido pelo Centro-Oeste (19%) e pelo Sul (18,9%).
Unidades domésticas unipessoais por região
Arte/g1
Distribuição por idade
O levantamento “Características gerais dos domicílios e moradores 2024” apontou 77,3 milhões de moradias no país, onde viviam 211,9 milhões de pessoas.
A distribuição da população é desigual entre as regiões. O Sudeste concentra 88,6 milhões de habitantes (41,8% do total), seguido pelo Nordeste (26,9%) e pelo Sul (14,7%). As menores participações estão no Norte (8,6%) e no Centro-Oeste (8%).
Além do aumento de idosos, o número de pessoas com menos de 30 anos caiu de 98,2 milhões em 2012 para 89 milhões em 2024, uma redução de 9,4%.
“A estrutura etária mostra o estreitamento da base populacional, reforçando a tendência de envelhecimento”, explica William Kratochwill, analista da PNAD Contínua.
Distribuição da população residente por idade
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Servidores do IBGE em Roraima
Samantha Rufino/g1 RR
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