Mais de 35% das exportações brasileiras para os EUA enfrentarão tarifas mais altas, diz agência

Lula no Planalto em 14 de julho de 2025 EVARISTO SA / AFP Mais de 35,9% das exportações brasileiras aos Estados Unidos serão afetadas por uma tarifa de importação mais alta a partir de 6 de agosto. As informações são




Lula no Planalto em 14 de julho de 2025
EVARISTO SA / AFP
Mais de 35,9% das exportações brasileiras aos Estados Unidos serão afetadas por uma tarifa de importação mais alta a partir de 6 de agosto. As informações são da agência de notícias Reuters.
A estimativa é feita com base na tarifa total de 50% imposta pelo presidente Donald Trump aos produtos brasileiros, na última quarta-feira (30). Segundo a Reuters, a estimativa é que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que está liderando as negociações com os EUA, anuncie o número ainda hoje.
O governo brasileiro também deve informar que outros 44,6% dos produtos locais estarão sujeitos à tarifa pré-existente, de 10%, enquanto os 19,5% restantes ficarão sujeitos às alíquotas que os EUA aplicaram ao resto do mundo, variando entre 25% e 50%.
O MDIC não respondeu imediatamente ao pedido da Reuters por um comentário sobre o tema.
Tarifaço de Trump sobre o Brasil fica em 50%, mas vem acompanhado de lista de exceções com 700 itens
Tarifaço de Trump
Na quarta-feira (30), Trump assinou uma ordem executiva que impôs uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. A medida começa a valer em 6 de agosto, e prevê uma longa lista de exceções (veja mais abaixo).
Segundo a Casa Branca, o decreto foi adotado em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. Veja a íntegra do texto.
O anúncio oficializa o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada a Lula neste mês e afirma que a ordem executiva foi motivada por ações que “prejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”, além de afetar a política externa e a economia do país.
A Casa Branca cita “perseguição política, intimidação, assédio, censura e processos judiciais” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, classificando essas ações como “graves abusos de direitos humanos” e um enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, é citado no texto como responsável por “ameaçar, perseguir e intimidar milhares de seus opositores políticos, proteger aliados corruptos e suprimir dissidências, frequentemente em coordenação com outros membros do STF”.
“Quando empresas americanas se recusaram a cumprir essas ordens, ele impôs multas substanciais, ordenou a exclusão dessas empresas do mercado de redes sociais no Brasil, ameaçou seus executivos com processos criminais e, em um caso, congelou os ativos de uma empresa americana no Brasil para forçar o cumprimento”, diz o comunicado.
Além disso, a Casa Branca também cita o caso do blogueiro Paulo Figueiredo, residente nos EUA e alvo de processo criminal no Brasil por declarações feitas em território americano, como exemplo de violação à liberdade de expressão.
“O presidente Trump está defendendo empresas americanas contra extorsão, protegendo cidadãos americanos contra perseguição política, salvaguardando a liberdade de expressão americana contra censura e protegendo a economia americana de ser sujeita a decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico”, afirmou a Casa Branca.
Lista de exceções
A lista de quase 700 produtos que não serão sobretaxados foi divulgada juntamente com o decreto oficial assinado por Trump e inclui suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e determinados tipos de metais e madeira. VEJA OS DESTAQUES AQUI.
Infográfico – Lista de isenções ao tarifaço de Trump
Arte/g1



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