O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista no Hotel Brasília Palace, em 3 de junho de 2025.
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (19) que fraudes na importação de combustíveis podem atingir bilhões de reais no Brasil. Mais cedo, a Receita Federal deflagrou a Operação Cadeia de Carbono, que reteve dois navios com R$ 240 milhões em cargas suspeitas.
“O que está mapeado, neste momento, do que pode ser objeto da operação de hoje, envolve R$ 240 milhões em mercadorias de combustível. Mas, como é uma prática rotineira desse esquema de corrupção, nós realmente estamos falando de bilhões de reais”, disse o ministro.
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“Se levarmos em consideração o esquema e há quanto tempo ele vem driblando os mecanismos, aí estamos falando de bilhões de reais”, acrescentou Haddad, se referindo ao volume de mercadorias envolvidas no esquema.
A Operação Cadeia de Carbono mirou fraudes na importação e comercialização de combustíveis, petróleo e derivados. A ação aconteceu em 5 estados: Alagoas, Amapá, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo a Receita Federal, empresas com pouca estrutura e limitada capacidade financeira têm surgido como responsáveis por cargas milionárias. A suspeita é que essas companhias estejam sendo usadas como laranjas para ocultar os verdadeiros donos das mercadorias e o fluxo do dinheiro.
Os fiscais se deslocaram a 11 alvos nesta sexta, onde analisaram a estrutura e a capacidade operacional das empresas. Foram coletados documentos e depoimentos de responsáveis, além de ter sido feita a verificação dos requisitos para a concessão de benefícios fiscais federais e estaduais.
Foram retidas cargas de 2 navios no Rio de Janeiro, avaliadas em cerca de R$ 240 milhões, contendo petróleo, combustíveis e óleo condensado. Também estão na mira depósitos e terminais de armazenamento em São Paulo.
Essas práticas estão ligadas a crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal. Em casos assim, a lei prevê que as mercadorias podem ser retidas ou perdidas.
A Receita também está investigando grandes grupos empresariais que usam contratos complexos para esconder os verdadeiros responsáveis pelas operações. A operação de hoje contou com 80 servidores, 20 viaturas, aeronave operacional e helicóptero de vigilância.
O órgão prepara uma nova norma para reforçar o controle sobre a importação de combustíveis e derivados. A medida foi discutida com o setor e busca evitar novas fraudes.
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