EUA arrecadam US$ 87 bilhões com tarifas no primeiro semestre de 2025

Presidente dos EUA, Donald Trump Jim Watson/AFP Os Estados Unidos arrecadaram mais receita com tarifas nos primeiros seis meses de 2025 do que em todo o ano de 2024, segundo dados do Departamento do Tesouro dos EUA compilados pela AFP.




Presidente dos EUA, Donald Trump
Jim Watson/AFP
Os Estados Unidos arrecadaram mais receita com tarifas nos primeiros seis meses de 2025 do que em todo o ano de 2024, segundo dados do Departamento do Tesouro dos EUA compilados pela AFP.
Mais de US$ 87 bilhões em receitas tarifárias foram arrecadados até o final de junho, em comparação com os US$ 79 bilhões coletados durante todo o ano de 2024, de acordo com os dados mensais mais recentes, publicados nesta quarta-feira (30).
Desde que reassumiu a presidência dos EUA em janeiro deste ano, Trump tem adotado uma política comercial agressiva, com tarifas generalizadas de 10% sobre importações de países aliados e rivais.
A partir de 1º de agosto, essas taxas devem subir para dezenas de economias, com cobranças ainda mais elevadas sobre setores estratégicos como aço, alumínio e automóveis.
A medida faz parte da estratégia do republicano para estimular a indústria norte-americana e reduzir o déficit comercial dos EUA. No entanto, as novas tarifas têm gerado apreensão entre parceiros comerciais e especialistas, que temem uma escalada de tensões econômicas globais.
O presidente norte-americano enviou no inicio deste mês cartas a líderes de países com os quais os EUA têm relações comerciais.
Os documentos estipulam tarifas entre 20% e 50% sobre produtos importados de cada país, com aplicação prevista para 1º de agosto, caso não seja firmado um acordo com os EUA.
Até o momento, foram enviadas 25 notificações, sendo o Brasil o país com a maior tarifa. Veja a lista completa de países que receberam as cartas de Trump:
Brasil: 50%*
Laos: 40%
Myanmar: 40%
Camboja: 36%
Tailândia: 36%
Bangladesh: 35%
Canadá: 35%
Sérvia: 35%
Indonésia: 32%
África do Sul: 30%
Argélia: 30%
Bósnia e Herzegovina: 30%
Iraque: 30%
Líbia: 30%
México: 30%
Sri Lanka: 30%
União Europeia: 30%
Brunei: 25%
Cazaquistão: 25%
Coreia do Sul: 25%
Japão: 25%
Malásia: 25%
Moldávia: 25%
Tunísia: 25%
Filipinas: 20%
Tarifaço de Trump sobre o Brasil fica em 50%, mas vem acompanhado de lista de exceções com 700 itens
Tarifaço de Trump
Na quarta-feira (30), Trump assinou uma ordem executiva que impôs uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. A medida começa a valer em 6 de agosto, e prevê uma longa lista de exceções (veja mais abaixo).
Segundo a Casa Branca, o decreto foi adotado em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. Veja a íntegra do texto.
O anúncio oficializa o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada a Lula neste mês e afirma que a ordem executiva foi motivada por ações que “prejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”, além de afetar a política externa e a economia do país.
A Casa Branca cita “perseguição política, intimidação, assédio, censura e processos judiciais” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, classificando essas ações como “graves abusos de direitos humanos” e um enfraquecimento do Estado de Direito no Brasil.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, é citado no texto como responsável por “ameaçar, perseguir e intimidar milhares de seus opositores políticos, proteger aliados corruptos e suprimir dissidências, frequentemente em coordenação com outros membros do STF”.
“Quando empresas americanas se recusaram a cumprir essas ordens, ele impôs multas substanciais, ordenou a exclusão dessas empresas do mercado de redes sociais no Brasil, ameaçou seus executivos com processos criminais e, em um caso, congelou os ativos de uma empresa americana no Brasil para forçar o cumprimento”, diz o comunicado.
Além disso, a Casa Branca também cita o caso do blogueiro Paulo Figueiredo, residente nos EUA e alvo de processo criminal no Brasil por declarações feitas em território americano, como exemplo de violação à liberdade de expressão.
“O presidente Trump está defendendo empresas americanas contra extorsão, protegendo cidadãos americanos contra perseguição política, salvaguardando a liberdade de expressão americana contra censura e protegendo a economia americana de ser sujeita a decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico”, afirmou a Casa Branca.
Lista de exceções
A lista de quase 700 produtos que não serão sobretaxados foi divulgada juntamente com o decreto oficial assinado por Trump e inclui suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e determinados tipos de metais e madeira. VEJA OS DESTAQUES AQUI.
Infográfico – Lista de isenções ao tarifaço de Trump
Arte/g1
*Com informações da agência de notícias Agence France-Presse (AFP).



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