A empresa britânica British Petroleum (BP) anunciou na semana passada que fez a maior descoberta em petróleo e gás da empresa em 25 anos no litoral do Brasil.
O achado ocorreu em um poço de águas profundas na Bacia de Santos, a 404 km do Estado do Rio de Janeiro, a uma profundidade de 2.372 metros. O local faz parte do pré-sal.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o bloco, isto é, a área delimitada da descoberta, está na chamada “fase de exploração” — que é a primeira etapa do contrato.
BP anuncia grande descoberta de petróleo no Brasil, a maior da empresa em 25 anos
Neste momento, a empresa responsável pela área arrematada faz estudos — como pesquisas sísmicas e perfuração de poços — para identificar possíveis reservatórios de petróleo e/ou gás natural.
Regras da ANP definem que, havendo indícios de hidrocarbonetos, a empresa deve comunicar à agência. Foi o que ocorreu com a BP.
“A descoberta atual se encontra em fase bastante inicial da avaliação da descoberta”, informou a agência. “Até o momento, a empresa apenas informou à ANP sobre a presença de hidrocarbonetos no poço, por meio de notificação de descoberta”, acrescentou.
Para o pesquisador da FGV Energia, João Victor Marques, o anúncio é positivo. “O pré-sal ainda tem potencial, o que não retira de se procurar novas fronteiras, como na margem equatorial, na bacia do pelotas, no Rio Grande do Sul”, pontou.
O bloco é batizado de “Bumerangue” e a BP detém 100% de participação no bloco, com a estatal Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) como gestora do contrato de partilha de produção.
O direito de exploração foi adquirido em 2022, em uma modalidade em que a empresa que arremata o bloco precisa destinar à União um percentual do lucro óleo — a parcela de petróleo excedente àquela utilizada para cobrir os custos de produção e investimentos.
🔎A BP ofereceu direcionar 5,9% do lucro óleo ao governo brasileiro.
A BP anunciou na manhã desta segunda-feira (4) que fez a maior descoberta em petróleo e gás da empresa em 25 anos no litoral do Brasil.
Divulgação/ BP
Próximos passos
Se a BP não identificar reservatórios na área, poderá devolvê-la à ANP, que, então, fica livre para incluí-la em futuras licitações.
No entanto, se houver uma descoberta, a empresa deverá conduzir a avaliação da jazida para verificar a viabilidade da produção comercial.
Em caso de os estudos confirmarem a possibilidade de produção, a empresa deve apresentar à ANP uma “declaração de comercialidade” e, após o prazo estabelecido em lei, um plano de desenvolvimento da área.
“Caso a empresa declare comercialidade de parte do bloco ou sua totalidade, tem início a fase de produção, na qual, posteriormente — após instalação da infraestrutura necessária —, haverá a produção de petróleo e/ou gás natural em si”, explica a agência.
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