Dólar tem alta e fecha a R$ 5,41, de olho em cenário político no Brasil e no mundo; bolsa cai

Partido de Milei sofre derrota em eleição legislativa na província de Buenos Aires O dólar conseguiu inverter o sinal negativo visto no começo do pregão e fechou em alta de 0,07% nesta segunda-feira (8), cotado a R$ 5,4168. O Ibovespa,




Partido de Milei sofre derrota em eleição legislativa na província de Buenos Aires
O dólar conseguiu inverter o sinal negativo visto no começo do pregão e fechou em alta de 0,07% nesta segunda-feira (8), cotado a R$ 5,4168. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operava em queda nos últimos minutos da sessão.
Com uma agenda fraca na sessão de hoje, investidores voltaram a atenção para o exterior e aguardam o noticiário dos próximos dias. Além de novos indicadores de emprego e inflação nos Estados Unidos, também há expectativa sobre os desdobramentos do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve continuar nos próximos dias.
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Na Argentina, os mercados financeiros sofreram forte queda após a derrota do governo de Javier Milei nas eleições legislativas da província de Buenos Aires. No início do pregão, o índice S&P Merval recuava 11,5% na Bolsa de Buenos Aires, enquanto o peso argentino se desvalorizava 5,14%, sendo cotado a 1.440 por dólar.
▶️ Ontem (7), a Opep+ anunciou que ampliará a produção de petróleo a partir de outubro. Desde abril, o grupo já vinha aumentando a oferta, após anos de cortes destinados a equilibrar o mercado. Esse movimento pode impactar o preço das ações de empresas do setor e provocar oscilações no câmbio.
▶️ Na agenda econômica brasileira, o boletim Focus mostrou que as expectativas dos economistas para a inflação em 2025 permanecem em 4,85%. Para 2026, as projeções recuaram levemente, de 4,31% para 4,30%.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -0,17%;
Acumulado do mês: -0,17%;
Acumulado do ano: -12,41%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +0,86%;
Acumulado do mês: +0,86%;
Acumulado do ano: +18,59%.
Boletim Focus
A estimativa dos economistas para a inflação oficial do Brasil em 2025 permaneceu em 4,85%, conforme dados do boletim Focus divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (8).
Para 2026, a previsão caiu ligeiramente, passando de 4,31% para 4,30%. Já para 2027, houve uma pequena redução de 3,94% para 3,93%.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), os especialistas mantêm a expectativa de que ela fique em 15% ao final de 2025 — marca que se repete pela 11ª semana consecutiva. Para o fim de 2026, a projeção continua em 12,50% há 32 semanas, e para 2027, segue em 10,50% pela 30ª semana seguida.
As previsões para o dólar também foram ajustadas. A mediana das estimativas para o fim de 2025 caiu de R$ 5,56 para R$ 5,50. Para 2026, houve leve recuo de R$ 5,62 para R$ 5,60, mesma variação observada nas projeções para 2027.
Aumento na produção de petróleo
Oito países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) decidiram neste domingo (7) elevar a produção de petróleo em 137 mil barris por dia a partir de outubro.
O volume é bem inferior aos aumentos mensais de cerca de 555 mil barris em setembro e agosto, e de 411 mil em julho e junho.
A decisão arca uma desaceleração no ritmo de aumento da produção, diante da expectativa de menor demanda global.
O acordo também indica que a Opep+ iniciou a reversão de uma segunda rodada de cortes, de cerca de 1,65 milhão de barris por dia de oito membros — mais de um ano antes do previsto.
Desde abril, o grupo já havia desfeito a primeira rodada, de 2,5 milhões de barris diários, equivalente a aproximadamente 2,4% da demanda global.
“Os barris podem ser poucos, mas a mensagem é grande”, afirmou Jorge Leon, analista da Rystad e ex-funcionário da Opep. “O aumento tem menos relação com volume e mais com sinalização — a Opep+ está priorizando participação no mercado, mesmo assumindo o risco de preços mais baixos.”
Durante a manhã desta segunda-feira, os preços do petróleo registram alta no mercado internacional. O WTI avançava 1,97%, sendo negociado a US$ 63,09 por barril, enquanto o Brent subia 1,98%, cotado a US$ 66,80.
Ouro sobe para máxima
O ouro no mercado spot ultrapassou o nível de US$3.600,00 por onça pela primeira vez nesta segunda-feira, já que os dados de emprego nos EUA reforçaram as expectativas de que o Federal Reserve cortará as taxas de juros na próxima semana.
Os contratos futuros de ouro dos EUA para entrega em dezembro também subiram, operando em torno de US$3.670,80
O metal precioso pode estender sua alta em direção a US$ 3.700 a US$ 3.730 no curto prazo, com quaisquer breves recuos provavelmente vistos como oportunidades de compra, disse Peter Grant, vice-presidente e estrategista sênior de metais da Zaner Metals.
“A continuidade da fraqueza do mercado de trabalho e as expectativas de cortes contínuos nas taxas de juros do Fed até o início de 2026 podem fornecer suporte sustentado para o ouro.”
O relatório de empregos de sexta-feira mostrou que o crescimento do emprego nos EUA desacelerou acentuadamente em agosto.
Os traders agora veem 90% de chance de um corte de um quarto de ponto na taxa na reunião de setembro do Fed, com cerca de 10% de chance de um corte maior de 50 bps, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.
Os preços do ouro subiram 38% até o momento este ano, depois de ganhar 27% em 2024, impulsionados pela suavidade do dólar, forte acumulação do banco central, configurações monetárias “dovish” e aumento da incerteza global.
O banco central da China ampliou sua sequência de compras de ouro para o décimo mês consecutivo em agosto, segundo dados oficiais divulgados no domingo. Já os rendimentos de referência de 10 anos do Tesouro dos EUA. ficaram próximos de seu nível mais baixo em cinco meses.
Os investidores estão agora aguardando os dados de preços ao produtor dos EUA, na quarta-feira, e os preços ao consumidor, na quinta-feira, para obter mais pistas sobre a trajetória da política do Fed.
Derrota de Milei
No primeiro grande teste eleitoral após a denúncia de corrupção envolvendo a irmã, o presidente Javier Milei sofreu uma dura derrota na província de Buenos Aires — a mais importante do país, responsável por quase 40% dos eleitores.
A derrota, considerada mais significativa do que o previsto, afetou de forma imediata os ativos locais: as ações despencaram mais de 13% no início do pregão, enquanto os títulos da dívida pública recuaram mais de 6% antes da abertura oficial.
Às 10h40, pelo horário de Brasília, o índice S&P Merval registrava queda de 11,5% na Bolsa de Buenos Aires, enquanto o peso argentino se desvalorizava 5,14%, sendo negociado a 1.440 por dólar.
A moeda argentina também alcançou o menor valor histórico, o que levou o presidente Milei a convocar seu gabinete para discutir com urgência a crise.
“Esses resultados parecem aumentar a probabilidade de um cenário central de baixa, no qual o mercado questiona a probabilidade de reformas contínuas e a incerteza em relação às futuras fontes de financiamento externo aumenta”, disse o Morgan Stanley aos clientes em uma nota.
De acordo com operadores do mercado, o foco agora está no nível de 1.464 por dólar, considerado o limite superior da faixa flutuante definida desde que o Banco Central (BCRA) suspendeu as restrições cambiais em meados de abril.
Bolsas globais
Os índices S&P 500 e Nasdaq subiam no início do pregão desta segunda-feira, recuperando-se da queda da sessão anterior, em meio a esperanças de que o Federal Reserve possa reduzir os juros em breve em resposta aos dados mais recentes sobre empregos.
O Dow Jones caía 90,37 pontos, ou 0,20%, a 45.310,49 pontos. O S&P 500 tinha alta de 11,70 pontos, ou 0,18%, a 6.493,20 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançava 152,56 pontos, ou 0,70%, a 21.852,95 pontos.
Os mercados europeus operam com ganhos, em meio à atenção dos investidores para a situação política na França. O país vive um momento delicado, com a possibilidade de trocar novamente de primeiro-ministro — o quinto em apenas três anos.
Apesar de parte dessa instabilidade já estar refletida nos preços, os investidores seguem cautelosos, especialmente diante da expectativa de novas avaliações sobre a dívida francesa, previstas para esta semana.
Com isso, os principais índices da região registram ganhos: o STOXX 600 sobe 0,35%, o DAX da Alemanha avança 0,59%, o FTSE 100 do Reino Unido tem alta de 0,15%, o CAC 40 da França sobe 0,47%, e o FTSE MIB da Itália registra valorização de 0,38%.
Já as bolsas asiáticas fecharam em alta, com destaque para o desempenho positivo das empresas ligadas a produtos básicos de consumo, que ajudaram a compensar as perdas no setor de tecnologia, especialmente em ações de inteligência artificial.
Entre os principais índices, o Nikkei, de Tóquio, subiu 1,45%, fechando aos 43.643 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,85%, chegando a 25.633 pontos. Na China continental, o SSEC de Xangai teve alta de 0,38%, e o CSI300, que reúne grandes empresas de Xangai e Shenzhen, subiu 0,16%.
Outros mercados também fecharam em alta: Seul (+0,45%), Taiwan (+0,22%), Cingapura (+0,05%). A exceção foi Sydney, na Austrália, onde o índice S&P/ASX 200 caiu 0,24%.
Dólar
Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo
*Com informações da agência de notícias Reuters



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