Dólar cai e fecha a R$ 5,32, menor valor em 15 meses; Ibovespa bate novo recorde

Dólar fecha a R$ 5,35, menor valor em mais de um ano O dólar fechou em queda de 0,61% nesta segunda-feira (15), a R$ 5,3211 — menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando encerrou em R$ 5,2498.




Dólar fecha a R$ 5,35, menor valor em mais de um ano
O dólar fechou em queda de 0,61% nesta segunda-feira (15), a R$ 5,3211 — menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando encerrou em R$ 5,2498. Na mínima da sessão, a moeda americana chegou a R$ 5,3090.
Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, avançou 0,90%, aos 143.547 pontos, e bateu um novo recorde, superando os 143.150 registrados em 11 de setembro. Mais cedo, chegou à máxima de 144.194 pontos, mas perdeu fôlego.
Os resultados refletem, principalmente, o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, enquanto o mercado aguarda as decisões dos bancos centrais de ambos os países na chamada Superquarta (17). A expectativa de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica americana tem enfraquecido o dólar e impulsionado a bolsa desde a semana passada. (entenda mais abaixo)
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▶️ Antes da abertura do mercado, o Banco Central divulgou o boletim Focus, mostrando que os analistas reduziram a previsão de inflação para 2025, de 4,85% para 4,83%. A estimativa para 2026 permaneceu inalterada.
▶️ Ainda no cenário local, o BC também divulgou o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de julho, que registrou queda de 0,5% em relação ao mês anterior. Foi o terceiro recuo consecutivo do índice, considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB). Economistas consultados pela Reuters esperavam uma contração de 0,2%.
▶️ Nos EUA, o banco central regional de Nova York divulgou o índice Empire State, indicador que mede o desempenho do setor industrial na região. Em setembro, o índice caiu para -8,70, ante 11,90 em agosto. Esses dados também fornecem sinais ao Fed sobre a atividade econômica.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -0,61%;
Acumulado do mês: -1,86%;
Acumulado do ano: -13,89%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +0,90%;
Acumulado do mês: +1,44%;
Acumulado do ano: +19,27%.
Dólar cai, bolsa sobe
A queda do dólar reflete a expectativa de que o banco central dos EUA (Federal Reserve) inicie, na quarta-feira (17), um ciclo de cortes na taxa de juros. Sob o mesmo cenário, o Ibovespa vem renovando máximas históricas, chegando a operar acima dos 144 mil pontos.
🔎 Os investidores esperam atualmente três cortes seguidos de 0,25 ponto percentual, previstos para setembro, outubro e dezembro.
Segundo Leonel Mattos, analista da StoneX, essa expectativa diminui o interesse pelos papéis do Tesouro americano, já que o retorno financeiro tende a ser menor.
“Isso afasta investidores de fora. Como resultado, o dólar enfraquece e moedas de países com rendimento mais alto, como o real, ganham espaço”, explica.
Apesar disso, o analista destaca que ainda há cautela em relação à decisão que será anunciada na quarta-feira.
Além da definição sobre os juros, o banco central americano deve divulgar suas projeções para os próximos anos, incluindo o chamado “dotplot” — uma ferramenta que mostra como o Fed enxerga o ritmo de cortes até 2027.
“Alguns analistas acreditam que o banco central americano pode adotar uma postura mais cautelosa, com cortes mais distantes entre si — o que poderia fazer o dólar voltar a se valorizar”, afirma Mattos.
Diante desse cenário, o presidente Donald Trump pediu nesta segunda-feira que o presidente do banco central americano, Jerome Powell, faça um corte “mais amplo” na taxa de juros e mencionou o mercado imobiliário em uma publicação nas redes sociais, antes da reunião marcada para esta semana.
Em sua plataforma, a Truth Social, Trump afirmou que Jerome Powell “deve reduzir os juros agora, e em um nível maior do que havia considerado”.
O presidente voltou a se referir a Powell como “muito atrasado”, apelido que usou recentemente por ele não ter reduzido os juros.
Boletim Focus
Por aqui, os investidores reforçaram a expectativa pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) com o boletim “Focus” desta semana, divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central (BC).
Os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação de 2025 de 4,85% para 4,83%. A projeção de 2026 ficou estável.
➡️ Para 2026, a projeção permaneceu em 4,30%;
➡️ Para 2027, a expectativa caiu de 3,93% para 3,90%;
➡️ Para 2028, a previsão permaneceu em 3,70%.
A projeção do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 permaneceu estável em 2,16%.
Para 2026, a projeção de crescimento do PIB caiu de 1,85% para 1,80%.
Economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025.
Para o fechamento de 2025, a projeção permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros. Para o fim de 2026, a projeção recuou de 12,50% para 12,38% ao ano. Para 2027, a projeção do mercado também permaneceu em 10,50% ao ano.
Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 recuou de R$ 5,55 para R$ 5,50. Para o encerramento de 2026, a estimativa continuou em R$ 5,60
Bolsas globais
Em Wall Street, os índices de ações S&P 500 e Nasdaq atingiram máximas históricas nesta segunda-feira, começando a semana com a reunião de política monetária do Federal Reserve em alta, enquanto a Tesla subiu após a compra de papéis da companhia pelo presidente-executivo, Elon Musk.
O índice Dow Jones subiu 0,11%, para 45.884,19, o S&P 500 avançou 0,51%, aos 6.617,71 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 0,94%, aos 22.348,75 pontos.
As bolsas europeias começaram a semana em alta, impulsionadas principalmente pelas ações de bancos. Os investidores estão se preparando para uma série de decisões importantes de bancos centrais ao longo da semana, incluindo os do Reino Unido, Japão, Canadá e, principalmente, dos Estados Unidos.
No fechamento, o índice geral STOXX 600 subiu 0,42%. Em Paris, o CAC-40 avançou 0,92%; em Milão, o Ftse/Mib subiu 1,14%; em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,21%. Londres foi a única exceção, com leve queda de 0,07% no índice Financial Times.
Na Ásia, os investidores estão otimistas com as ações de tecnologia da China, mesmo diante de dados econômicos fracos. Além disso, as negociações comerciais entre China e EUA voltaram a ganhar força, o que contribui para o interesse renovado nas empresas chinesas.
Os resultados mostram um cenário misto. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,22%, atingindo o maior nível dos últimos quatro anos. Em Xangai, o índice SSEC caiu 0,26%, enquanto o CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, subiu 0,24%. Em Seul, o Kospi avançou 0,35%; em Taiwan, o Taiex caiu 0,46%; em Cingapura, o Straits Times recuou 0,21%; e em Sydney, o S&P/ASX 200 teve queda de 0,13%.
Cédulas de dólar
Pexels
*Com informações da agência de notícias Reuters



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