Dólar abre em queda com investidores atentos a indicadores econômicos

Trump ameaça ‘corte de laços’ no comércio com a China O dólar iniciou a sessão desta quarta-feira (15) em queda, recuando 0,16% por volta das 9h05, sendo negociado a R$ 5,4608. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre




Trump ameaça ‘corte de laços’ no comércio com a China
O dólar iniciou a sessão desta quarta-feira (15) em queda, recuando 0,16% por volta das 9h05, sendo negociado a R$ 5,4608. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
O dia começa com dados importantes sobre o consumo no Brasil e movimentações relevantes no cenário internacional. Enquanto o mercado local observa indicadores e fluxo de recursos, os Estados Unidos concentram atenção em discursos do Fed e na divulgação de um relatório que pode influenciar expectativas econômicas.
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▶️ No Brasil, o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), que mostrou que as vendas no varejo brasileiro avançaram 0,2% em agosto na comparação com o mês anterior e subiram 0,4% sobre um ano antes.
▶️ Nos EUA, o destaque é o Livro Bege, relatório do Federal Reserve, o banco central americano, que reúne percepções sobre a economia nos 12 distritos do país. O documento costuma orientar expectativas sobre inflação, emprego e crescimento.
▶️ Ao longo do dia, investidores também acompanham falas de dirigentes do Fed. Raphael Bostic fala às 13h10, Christopher Waller às 14h e Michael Schmid às 15h30, com possíveis sinais sobre os próximos passos da política monetária.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -0,61%;
Acumulado do mês: +2,76%;
Acumulado do ano: -11,49%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +0,71%;
Acumulado do mês: -3,11%;
Acumulado do ano: +17,79%.
Pesquisa Mensal de Serviços
O setor de serviços brasileiro registrou leve crescimento em agosto, com avanço de 0,1% em relação a julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE.
Com esse desempenho, o setor alcança um nível 18,7% acima do registrado antes da pandemia, em fevereiro de 2020, renovando o recorde da série histórica.
Na comparação anual, o volume de serviços cresceu 2,5% frente a agosto de 2024, marcando a 17ª taxa positiva seguida.
No acumulado do ano, o avanço foi de 2,6%, enquanto nos últimos 12 meses houve crescimento de 3,1%, ligeiramente acima do ritmo observado até julho (3%).
O resultado mensal foi puxado por quatro das cinco atividades pesquisadas:
Serviços profissionais, administrativos e complementares (+0,4%);
Transportes (+0,2%);
Serviços prestados às famílias (+1%);
Outros serviços (+0,6%).
A única queda veio do segmento de informação e comunicação, que recuou 0,5% no período.
Bessent sobe tom contra China
Em entrevista ao Financial Times, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, acusou a China de tentar enfraquecer a economia global. A declaração foi feita após o governo chinês anunciar novas restrições à exportação de terras raras — medida que levou o presidente Donald Trump a ameaçar o país com a imposição de novas tarifas.
Segundo Bessent, a decisão da China revela sinais de fragilidade econômica. “Isso mostra o quanto a economia deles está fraca e que querem puxar todo mundo para baixo junto com eles”, afirmou.
O episódio ocorre a menos de três semanas do encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, previsto para acontecer na Coreia do Sul.
Apesar do tom mais duro adotado por Bessent, Trump publicou no domingo uma mensagem em sua rede social dizendo que Xi enfrenta um “momento ruim” e que os Estados Unidos desejam ajudar a China — gesto interpretado como uma tentativa de suavizar o clima.
Na terça-feira, o governo chinês também adotou uma postura mais conciliadora, pedindo que os Estados Unidos tomem medidas em direção à cooperação. Segundo autoridades de Pequim, os dois países mantiveram conversas diplomáticas na segunda-feira.
EUA em paralisação pelo 14º dia
A paralisação parcial do governo dos EUA chegou ao 14º dia nesta terça-feira (14), com o impasse no Congresso ainda sem solução.
A principal divergência entre os parlamentares gira em torno do financiamento da saúde, especialmente os subsídios da Lei de Cuidados Acessíveis (ACA), que expiram no fim do ano para quem compra plano de saúde individual.
Os democratas defendem a renovação dos benefícios antes do início do período de inscrições, marcado para 1º de novembro.
Do lado republicano, o presidente da Câmara, Mike Johnson, criticou os democratas e alertou para o risco de uma das paralisações mais longas da história americana. Segundo ele, a única saída seria a aprovação de um orçamento “limpo”, sem exigências adicionais, para reabrir o governo e garantir o pagamento aos servidores públicos.
Enquanto isso, o Senado deve se reunir às 15h (horário de Washington), com uma nova tentativa de votação prevista para as 17h30. Essa será a oitava tentativa de aprovar um projeto de financiamento, mas não há expectativa de que a proposta alcance os 60 votos necessários.
Mesmo com a Câmara fora de sessão nesta semana, o líder democrata Hakeem Jeffries convocou os parlamentares para uma reunião noturna, com o objetivo de discutir alternativas diante da crise provocada pela paralisação e pelo impasse na área da saúde.
Powell: economia dos EUA está mais firme
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse em um evento na Filadélfia que o mercado de trabalho dos EUA continua fraco, com poucas contratações e demissões em setembro, embora a economia pareça um pouco mais firme.
Ele explicou que o Fed vai decidir os cortes de juros “reunião por reunião”, equilibrando o desemprego ainda alto com a inflação, que continua acima da meta de 2%. Powell ressaltou que essas decisões podem mudar conforme novos dados econômicos forem divulgados.
Mesmo com atraso no relatório de empregos, ele afirmou que as contratações e demissões continuam baixas e que a inflação elevada se deve em parte ao aumento de preços causado por tarifas, e não por problemas mais amplos na economia americana.
O Fed vai atualizar os dados de inflação em 24 de outubro e realizará sua próxima reunião em 28 e 29 de outubro, quando é esperado um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. Na última reunião, o Fed anunciou o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em nove meses.
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que o banco central dos EUA pode estar perto de encerrar o processo de redução de seus ativos — medida iniciada em 2022 para retirar o excesso de dinheiro do mercado após a pandemia.
Ele disse que há sinais de que a liquidez (dinheiro disponível no sistema financeiro) está diminuindo e que o Fed vai agir com cautela para evitar instabilidade.
Powell destacou ainda que o modelo atual tem funcionado bem para manter a economia estável e que o Fed está mais preparado para ajustar suas ações rapidamente, se necessário.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados americanos futuros operam com otimismo nesta quarta-feira, impulsionados por bons resultados corporativos e pela expectativa de cortes nos juros.
Comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre o mercado de trabalho na véspera reforçaram a aposta de que os juros podem ser reduzidos ainda este mês.
Apesar disso, ontem o clima também foi de tensão, com Trump ameaçando novas restrições comerciais à China, após o país asiático impor sanções a subsidiárias americanas.
Com os mercados ainda fechados, os índices futuros apontam alta. O Dow Jones Futuro sobe 0,44%, o S&P 500 Futuro avança 0,65% e o Nasdaq Futuro lidera os ganhos, com alta de 0,86%.
Notas de dólar.
Reuters
*Com informações da agência de notícias Reuters.



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