Dólar abre em baixa, a R$ 5,27, após decisão de juros nos EUA e Selic mantida

Juros básicos caem nos EUA e ficam inalterados no Brasil O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (18) em queda. Por volta das 9h10, a moeda americana recuava 0,57%, a R$ 5,2717 — operando no menor valor desde 6 de




Juros básicos caem nos EUA e ficam inalterados no Brasil
O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (18) em queda. Por volta das 9h10, a moeda americana recuava 0,57%, a R$ 5,2717 — operando no menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando encerrou em R$ 5,2498. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Ontem aconteceu o primeiro corte nos juros dos Estados Unidos neste ano, somado à decisão do Banco Central de manter a Selic no Brasil — o que trouxe ânimo aos investidores. O reflexo foi direto: pela terceira vez seguida, o Ibovespa fechou em recorde (145.594 pontos) e, pela primeira vez, alcançou a marca de 146 mil pontos. Já o dólar manteve pouca variação, encerrando o dia em R$ 5,3012.
Após uma Superquarta agitada, hoje o mercado deve absorver esses movimentos e refletir seus efeitos tanto na bolsa quanto na moeda americana.
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▶️ Nos EUA, o Departamento de Trabalho divulga os pedidos semanais de seguro-desemprego referentes ao período encerrado em 19 de setembro. Na semana anterior, haviam sido registrados 263 mil pedidos iniciais, e agora a expectativa é de 240 mil novos requerimentos.
▶️ No Brasil, sem indicadores de destaque previstos para o dia, a atenção se volta ao leilão de títulos públicos promovido pela Secretaria do Tesouro Nacional. Serão ofertadas Letras do Tesouro Nacional (LTN), além das Notas do Tesouro Nacional Série F (NTN-F).
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -0,98%;
Acumulado do mês: -2,23%;
Acumulado do ano: -14,22%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +2,34%;
Acumulado do mês: +2,95%;
Acumulado do ano: +21,04%.
Corte de juros nos EUA, manutenção no Brasil
Ontem, além de anunciar a redução de 0,25 ponto percentual, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulgou novas projeções, indicando possíveis dois cortes de juros ainda neste ano.
Em entrevista a jornalistas após a decisão, Jerome Powell afirmou que os riscos para a inflação no curto prazo “estão inclinados para cima”, enquanto os riscos para o emprego se situam para baixo, criando “uma situação desafiadora”.
“A demanda por trabalho enfraqueceu e o ritmo recente de criação de empregos parece estar abaixo da taxa mínima necessária para manter a taxa de desemprego constante”, declarou. Powell acrescentou que, diante desse cenário, o Fed analisará a situação “reunião por reunião”.
Sobre o tarifaço de Trump, Powell afirmou que, até o momento, os impactos sobre os preços têm sido baixos, e que o custo está sendo absorvido pelas empresas que ocupam posições intermediárias nas cadeias de suprimentos.
A decisão de hoje teve como pano de fundo os sucessivos ataques ao Fed pelo presidente Donald Trump — que há meses pressiona seus integrantes por juros menores — e a tentativa do republicano de demitir Lisa Cook, diretora da instituição.
O caso inédito de demissão de um integrante do Fed foi parar na Justiça, que suspendeu a decisão. Agentes do mercado financeiro reagiram com preocupação, enxergando a medida como um ataque do presidente à independência do banco central americano.
Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) informou que único integrante a se opor à decisão desta quarta-feira foi Stephen Miran, indicado por Trump e aprovado na segunda-feira (15) pelo Senado americano para o cargo. Ele defendeu uma redução da taxa de juros em 0,5 ponto percentual, para o intervalo de 3,75% a 4% ao ano.
Já a diretora Lisa Cook votou conforme os demais integrantes do Fomc.
No final do dia, o Banco Central do Brasil ganha destaque com o anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic, que, segundo previsões de mercado, deve permanecer em 15% ao ano. O foco também se volta para o comunicado e possíveis sinais sobre os próximos passos.
Bolsas globais
Os mercados futuros em Wall Street reagiram positivamente ao primeiro corte de juros do ano, decidido pelo banco central. A redução de 0,25 ponto percentual animou os investidores, que já apostam em novas quedas até dezembro.
Além disso, a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçou esse cenário ao afirmar que conter a perda de força do mercado de trabalho é prioridade.
Com isso, o futuro do S&P 500 avançava 0,86%, o do Nasdaq 100 subia 1,05% e o do Dow Jones tinha alta de 0,69%. O movimento refletia a expectativa de continuidade do ciclo de cortes até 2025.
Na Europa, as bolsas abriram em alta, acompanhando o corte de juros nos EUA, que reduziu os custos de crédito e impulsionou principalmente empresas de tecnologia. Apesar desse alívio, alguns papéis específicos, como os da SIG, recuaram após um alerta sobre lucros.
O índice pan-europeu STOXX 600 subia 0,67%, a 554,32 pontos. Em Londres, o Financial Times avançava 0,36%; em Frankfurt, o DAX tinha alta de 1,17%. Em Paris, o CAC-40 valorizava 1,09%; já em Milão, o FTSE/MIB subia 0,66%.
Na Ásia, os mercados tiveram resultados mistos. Na China, os índices devolveram parte das altas recentes após investidores realizarem lucros, mesmo com o otimismo global gerado pelo corte de juros americanos.
Essa correção derrubou o índice de Xangai, que havia alcançado o maior patamar desde 2015.
O índice de Xangai caiu 1,15%, fechando a 3.831 pontos, enquanto o CSI300 recuou 1,16%, a 4.498 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,35%; já em Tóquio, o Nikkei avançou 1,15%; e em Seul, o Kospi teve alta de 1,40%.
Houve quedas em Cingapura, com o Straits Times recuando 0,26%, a 4.312 pontos, e em Sydney, onde o S&P/ASX 200 perdeu 0,83%, a 8.745 pontos.
*Com informações da agência de notícias Reuters
Funcionário de banco em Jacarta, na Indonésia, conta notas de dólar, em 10 de abril de 2025.
Tatan Syuflana/ AP



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