Dólar abre em alta e vai a R$ 5,59, à espera do tarifaço e de olho em acordo entre EUA e União Europeia

PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (28) em alta de 0,46%, cotado a R$ 5,5871 as 09h20. Na máxima do dia, já




PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, diz estudo
O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (28) em alta de 0,46%, cotado a R$ 5,5871 as 09h20. Na máxima do dia, já alcançou os R$ 5,5936. As negociações do Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, por sua vez, começam apenas às 10h.
A quatro dias para o início do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as negociações comerciais seguem na mira dos mercados financeiros, principalmente após o republicano anunciar um acordo com a União Europeia (UE), no domingo (27).
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▶️O novo tratado dos EUA com o bloco estabeleceu uma tarifa de 15% sobre os produtos europeus — uma redução em relação aos 30% anunciados por Trump anteriormente. A nova tarifa também se aplica a automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos. Já o aço e o alumínio seguem com a sobretaxa de 50%.
O acordo dividiu opiniões entre os líderes da Europa, que esperavam um resultado mais equilibrado das negociações com os Estados Unidos. (Entenda mais abaixo)
▶️ Por aqui, a falta de progresso nas negociações do Brasil com os EUA continua a preocupar os mercados. Na última semana, o presidente Lula (PT) se queixou da falta de disposição de Trump em negociar a tarifa de 50%, indicando que o republicano “não quer conversar”.
Entenda a dificuldade do governo para negociar tarifaço com os EUA
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -0,47%;
Acumulado do mês: +2,35%;
Acumulado do ano: -10,01%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +0,11%;
Acumulado do mês: -3,84%;
Acumulado do ano: +11,01%.
EUA e União Europeia anunciam acordo
A aproximação do prazo final de 1º de agosto para o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, volta a colocar as negociações comerciais em foco nesta semana. Assim, o destaque fica com o novo acordo entre EUA e a União Europeia, anunciado no domingo (27).
O tratado estabelece uma taxa de 15% sobre todos os produtos europeus, incluindo automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos. Já o aço e o alumínio seguem com sobretaxa de 50%.
Além disso, segundo Trump, a União Europeia também investirá US$ 600 bilhões (cerca de R$ 3,3 trilhões) nos EUA e firmará acordos para compra de energia e equipamentos militares norte-americanos.
“O acordo com a União Europeia é o maior já feito”, afirmou o republicano.
‘Dias sombrios’ para a Europa
O acordo entre os EUA e a UE dividiram opiniões entre os líderes do bloco europeu. Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, indicou que a Europa pode ter um período sombrio à frente.
“É um dia sombrio quando uma aliança de povos livres, reunidos para afirmar seus valores comuns e defender seus interesses comuns, se resigna à submissão”, afirmou.
O tratado também não agradou o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, que afirmou que Trump “devorou” a presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen.
“Isso não é um acordo… Trump devorou Von der Leyen no café da manhã. Foi isso o que aconteceu e nós esperávamos que isso acontecesse, já que o presidente dos EUA é um peso pesado quando se trata de negociações, enquanto a presidente é um peso-pena”, disse.
Já os líderes da Espanha, da Alemanha e da Itália afirmaram que o acordo pode trazer um pouco de certeza para o futuro do bloco, mas não se mostraram entusiasmados com o tratado.
“O acordo, com sua tarifa básica de 15%, certamente é algo que nos desafiará . Mas o lado bom é que ele traz certeza”, disse a ministra da economia da Alemanha, Katherina Reiche.
Já o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, disse que valorizava os esforços da Comissão Europeia e a “atitude construtiva e negociadora” de Von der Leyen.
“De qualquer forma, apoio este acordo comercial, mas sem qualquer entusiasmo”, completou.
Lula x Trump
A proximidade do prazo de vigência das tarifas de Trump também aumenta as preocupações com a situação brasileira. As negociações do país com os EUA não demonstraram progresso até agora e investidores seguem cautelosos sobre como deve ser a resposta brasileira.
Na semana passada, o presidente Lula (PT) desabafou em conversa com interlocutores que não há nenhum canal de negociação direta e fluido com Trump, indicando que existem conversas no nível diplomático, mas elas não chegam à Secretária do Comércio dos EUA e tampouco à Casa Branca.
Na última quinta-feira, assessores presidenciais afirmaram que Trump indicou que pretende realmente “punir” o Brasil, porque no campo econômico não há motivo para o país ser tarifado com a alíquota mais alta. Essa leitura deixou a equipe de Lula ainda mais pessimista sobre a possibilidade de uma revogação do tarifaço.
Já na sexta-feira, uma comissão de senadores embarcou para os EUA, em busca de abrir um canal de negociações com o país. A ida, no entanto, é vista com apreensão por diplomatas brasileiros e está sendo boicotada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo blogueiro Paulo Figueiredo.
Interlocutores do presidente Lula que estão em Nova York contaram ao blog que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não autorizou sua equipe abrir diálogo com o Brasil.
A indicação é que existem conversas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, como revelou ontem o vice-presidente Geraldo Alckmin, mas o recado que os negociadores têm ouvido é que tudo está centralizado na Casa Branca.
Cédulas de dólar
John Guccione/Pexels
*Com informações da agência de notícias Reuters.



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