No acumulado do ano, as contas registraram um superávit de R$ 32,2 bilhões, o melhor resultado desde 2022. Pagamento menor de sentenças judiciais colaborou para o saldo. As contas do governo registraram um déficit primário de R$ 40,6 bilhões em maio, informou Tesouro Nacional nesta quinta-feira (26).
🔎 O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo as despesas do governo. Se as receitas excedem as despesas, o resultado é um superávit primário. Esses valores não englobam os juros da dívida pública.
O resultado representa uma melhora em comparação com maio do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 60,4 bilhões (corrigido pela inflação).
Apesar do déficit, esse também foi o melhor resultado para o mês de maio desde 2021, quando foi contabilizado um saldo negativo de R$ 26,6 bilhões (valor corrigido pelo IPCA).
Contas do governo registram déficit de R$ 31,67 bilhões em fevereiro
📈 Os números mostram que o crescimento da arrecadação, recorde para o mês, contribuiu para a melhora das contas públicas, uma vez que a receita líquida do governo (após transferências a estados e municípios) cresceu 2,8% em termos reais em maio, atingindo R$ 178,8 bilhões.
📈 Ao mesmo tempo, também foi registrado recuo de gastos no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2024, o que também contribuiu para a melhora das contas do governo. As despesas totais somaram R$ 219,4 bilhões em maio, com uma queda real de 7,6%.
Moedas de real; dinheiro.
Bruno Domingos/ Reuters
Acumulado do ano
No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, as contas do governo registraram um superávit de R$ 32,2 bilhões, segundo dados oficiais.
Comparado ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 28,7 bilhões, houve uma melhora nas contas.
Esse também foi o maior saldo positivo para o primeiro trimestre desde 2022, quando foi contabilizado um superávit de R$ 48,2 bilhões.
A melhora no resultado das contas do governo no primeiro trimestre também está relacionada à redução no pagamento de precatórios (sentenças judiciais), que somaram R$ 30,8 bilhões.
Em 2024, os valores de precatórios se concentraram em fevereiro. Neste ano, ainda não houve concentração desses pagamentos.
O Tesouro Nacional informou que a melhora nas contas do governo refletia a “diferença no cronograma de pagamentos dos precatórios entre os exercícios de 2024 e 2025”.
📈 Nos cinco primeiros meses deste ano, houve um aumento real de 3,3% na receita líquida, após as transferências constitucionais a estados e municípios, totalizando R$ 968,6 bilhões.
📈 Ao mesmo tempo, as despesas totais do governo somaram R$ 936,4 bilhões de janeiro a maio deste ano, com uma queda real de 3,3% no período.
Meta fiscal
🔎 Para este ano, a meta é zerar o déficit das contas, que totalizou R$ 43 bilhões em 2024.
Pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo seja formalmente descumprido, o equivalente a cerca de R$ 31 bilhões.
Para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 44,1 bilhões em precatórios, ou seja, decisões judiciais.
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