Investir de forma segura: veja dicas para não cair em golpes
A renda fixa continua a ser a principal escolha dos investidores pessoa física, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (11) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Com R$ 4,7 trilhões, o segmento respondeu por 60% dos investimentos no primeiro semestre de 2025.
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No total, somando todas as modalidades, os brasileiros aplicaram R$ 7,9 trilhões entre janeiro e junho — alta de 6,8% no ano e de 14% na comparação com o mesmo período de 2024.
Depois da renda fixa, a previdência ficou em segundo lugar (18,3%), com R$ 1,5 trilhão.
A renda variável, que inclui ações, veio em terceiro (13,1%), totalizando R$ 1 trilhão investido.
O maior volume concentrou-se em títulos e valores mobiliários, que somaram R$ 3,7 trilhões. Essa categoria inclui ações, títulos públicos, Letras Financeiras, debêntures (incentivadas e tradicionais), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).
CDB é destaque na renda fixa
Entre os títulos de renda fixa, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), emitido por bancos, segue como um dos investimentos mais tradicionais do mercado brasileiro. No primeiro semestre, os aportes em CDBs avançaram 9,9%, superando R$ 1,1 trilhão.
🔎 O CDB é um título de renda fixa em que o investidor empresta recursos ao banco e recebe o valor aplicado acrescido de juros no prazo acordado. É uma alternativa segura, com rentabilidade previsível e protegida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição.
LCA, LCI e títulos públicos ficaram em segundo, terceiro e quarto lugares entre os produtos de renda fixa. No ranking geral, perderam apenas para os investimentos em ações, que cresceram 4,2% no semestre e somaram R$ 767,3 bilhões.
Brasileiro continua conservador para investir
Com a expectativa de que a Selic permaneça em 15% até o fim do ano, segundo o último boletim Focus do Banco Central (BC), os investidores devem continuar priorizando ativos que se beneficiam da taxa básica de juros.
Além dos títulos de renda fixa, opções isentas de Imposto de Renda, como LCI e LCA, seguem entre as preferências. No primeiro semestre, o saldo desses papéis nas mãos de pessoas físicas chegou a R$ 1,4 trilhão, alta de 21% em relação a junho de 2024.
“Olhando para o segundo semestre e considerando a possível mudança tributária a partir de 2026, é provável que o investidor mantenha a preferência pela renda fixa até o fim de 2025”, afirmou Luciane Effting, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima.
A Medida Provisória (MP) 1.303, publicada pelo governo federal em junho, eliminou a isenção desses ativos, que passarão a ser tributados com alíquota de 5% sobre os rendimentos a partir do próximo ano.
FIDCs em alta
Outro destaque da pesquisa foi o avanço dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que cresceram 51% e atingiram R$ 35,2 bilhões, segundo o levantamento.
🔎 Os FIDCs são fundos de crédito estruturado que investem em títulos de recebíveis — direitos de receber pagamentos futuros por produtos ou serviços. Eles conectam empresas ou pessoas que necessitam de crédito a investidores, antecipando valores que seriam pagos posteriormente.
Antes restritos a grandes investidores, os FIDCs se tornaram acessíveis a todos em outubro do ano passado, com a entrada em vigor da Resolução CVM 175, que regula os fundos de investimento no Brasil.
Com a abertura do mercado para pessoas físicas, a modalidade passou a ser uma alternativa atraente para diversificação, especialmente em um cenário de juros elevados.
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