Bernard Arnault, CEO do grupo LVMH, em foto de janeiro de 2020
Thibault Camus/AP/Arquivo
Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH e homem mais rico da França, classificou uma proposta de imposto de 2% sobre super-ricos como um ataque à economia do país. Ele também chamou o responsável pelo plano de “ideólogo de extrema esquerda”.
O imposto, que miraria fortunas acima de 100 milhões de euros (R$ 629,1 milhões), ganhou força política na França.
O primeiro-ministro Sébastien Lecornu sofre pressão do Partido Socialista para incluí-lo no orçamento de 2026, sob risco de enfrentar um voto de confiança que poderia derrubar seu governo.
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“Esse não é um debate técnico ou econômico, mas sim um desejo claramente declarado de destruir a economia francesa”, disse Arnault ao Sunday Times do Reino Unido.
O bilionário acusou o formulador do plano, o economista Gabriel Zucman, de ser “antes de tudo um ativista de extrema esquerda”.
Disse ainda que Zucman usa “competência pseudoacadêmica” para promover uma ideologia que visa desmantelar o sistema econômico liberal — que Arnault descreveu como “o único que funciona para o bem de todos”.
Zucman, professor da École Normale Supérieure da França e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, rejeitou as acusações.
“Nunca fui ativista de nenhum movimento ou partido”, disse ele no X, acrescentando que seu trabalho é baseado em pesquisa, não em ideologia.
Recentemente, Zucman argumentou em aparições na mídia que os ultrarricos pagam proporcionalmente menos impostos do que muitos outros cidadãos — uma lacuna que o imposto proposto pretende fechar.
O imposto tem amplo apoio do público, com uma pesquisa do Ifop encomendada pelo Partido Socialista neste mês mostrando 86% de aprovação.
Bernard Arnault: quem é e de onde vem a fortuna
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